Hábitos de sono em médicos de família

Autores

  • Cátia Marques Aluno do 6º ano da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Gilda Nunes Aluno do 6º ano da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Tiago Ribeira Aluno do 6º ano da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Nuno Santos Aluno do 6º ano da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Ricardo Teixeira Aluno do 6º ano da disciplina de Medicina Geral e Familiar Faculdade de Medicina de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i6.10185

Palavras-chave:

Hábitos do Sono, Médicos de Família

Resumo

Introdução: As perturbações do sono são frequentes em médicos. O modo como os hábitos de sono afectam a prática clínica tem sido alvo de interesse. Está demonstrado que os clínicos com hábitos de sono correctos estão mais aptos para o exercício da profissão. É importante conhecer os padrões de sono dos médicos, tendo em vista a promoção da sua saúde e da boa prática profissional. Objectivos: Conhecer os hábitos de sono dos Médicos de Família (MF) nos dias úteis, fins-de-semana e após serviço nocturno; avaliar a qualidade do sono; determinar a frequência de insónia; caracterizar o conteúdo onírico; determinar o consumo de benzodiazepinas (BZ) e de estimulantes. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo transversal, em Novembro e Dezembro de 2004, através de questionários auto-preenchidos, numa amostra de conveniência de MF dos Centros de Saúde (CS) de Benfica, Odivelas, Alvalade, Angra do Heroísmo, Melgaço, Monção e da Rede MGFamiliar. Resultados: Obtivemos 84 respostas; idade média 44,3 anos (DP=8,6); 51,2% do sexo masculino. O número de horas de sono considerado ideal para 71,4% da amostra é de 8. 21,4% dormem 8 horas diárias ou mais durante os dias úteis; 55,9% dormem em média 8 horas ou mais por noite aos fins-de-semana. Dos inquiridos, 63,1% pertenciam a um CS urbano. Dos 19% MF que efectuam serviço nocturno, 56,4% dormem 8 horas ou mais no dia seguinte. 10,7% dos MF consideram o seu sono não repousante, sentindo-se fatigados todos ou quase todos os dias; 29,8% sentem dificuldade de concentração e sonolência diurna e 9,5% acorda com cefaleias. 21,4% têm queixas de insónia pelo menos uma ou duas vezes por mês, sendo que 8,3% têm estas queixas diariamente. 20,2% costumam ter sonhos angustiantes ou pesadelos, no mínimo uma ou duas vezes por mês. 7,1 % admitem a toma diária de BZ. 69,0% tomam algum tipo de estimulante todos ou quase todos os dias, sendo o café a substância preferida por 73%. O consumo de café é de um a três por dia em 80,6% dos casos. Conclusões: Destaca-se a elevada percentagem de MF a dormir menos horas que aquelas que consideram o ideal para si. Verifica-se que existe uma proporção significativa que considera o seu sono não repousante. As queixas de insónia são um problema frequente. Ao contrário do que acontece com o consumo de BZ, o consumo de estimulantes é usual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2005-11-01

Como Citar

Marques, C., Nunes, G., Ribeira, T., Santos, N., & Teixeira, R. (2005). Hábitos de sono em médicos de família. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 21(6), 555–61. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i6.10185

Edição

Secção

Investigação Original

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)