A criança hiperactiva: Diagnóstico, avaliação e intervenção

Autores

  • Ana Carolina Cordinhã Médica. Interna do Internato Complementar de Pediatria Médica - Hospital Pediátrico de Coimbra.
  • José Boavida Médico. Pediatra do Desenvolvimento, Responsável da Consulta de Hiperactividade do Centro de Desenvolvimento da Criança - Hospital Pediátrico de Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i5.10548

Palavras-chave:

Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção, Diagnóstico, Intervenção não farmacológica, Metilfenidato, Prognóstico

Resumo

Introdução: A Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção é o distúrbio neurocomportamental mais frequente, em crianças em idade escolar. As formas de apresentação desta perturbação são variáveis e os sintomas devem ser valorizados, sempre que causem prejuízo no rendimento escolar, ajuste emocional ou social da criança. Objectivo: Efectuar uma revisão bibliográfica sobre Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção, valorizando aspectos respeitantes à epidemiologia, etiopatogenia, manifestações clínicas, diagnóstico, avaliação, comorbilidades e diagnóstico diferencial, intervenção terapêutica e prognóstico. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Medline e Pubmed de artigos e artigos de revisão, até Dezembro de 2007. Incluíram-se nesta revisão 45 artigos. Foi também realizada pesquisa documental em obras de referência. Conclusões: A Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção é um distúrbio comportamental crónico, com capacidade para afectar significativamente ao longo da vida o desempenho académico, familiar, emocional, social e laboral. Uma avaliação cuidadosa permite o diagnóstico, que é essencialmente clínico e baseado em critérios comportamentais. Raramente têm indicação exames complementares de diagnóstico. Outras perturbações associadas, são factor de risco para uma evolução menos favorável, devendo ter-se em consideração potenciais comorbilidades. A intervenção terapêutica deve ser individualizada e a abordagem multidisciplinar, incluindo na maioria dos casos, modificações comportamentais e recurso a terapêutica com psico-estimulantes. Diversos factores influenciam a evolução, e o prognóstico nem sempre é favorável. Pretende-se, com esta revisão bibliográfica contribuir para o esclarecimento da envolvência de uma patologia prevalente, mas muitas vezes subdiagnosticada e subvalorizada.

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Publicado

2008-09-01

Como Citar

Cordinhã, A. C., & Boavida, J. (2008). A criança hiperactiva: Diagnóstico, avaliação e intervenção. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 24(5), 577–89. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i5.10548