Recomendações multidisciplinares portuguesas sobre o pedido de DXA e indicação de tratamento de prevenção das fraturas de fragilidade

Autores

  • Andréa Marques Serviço de Reumatologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • Ana M. Rodrigues Em representação da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR)
  • José Carlos Romeu Serviço de Reumatologia, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal.
  • Afonso Ruano Em representação da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e de Traumatologia (SPOT).
  • Ana Paula Barbosa Em representação da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM).
  • Eugénia Simões Em representação da Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas (SPODOM).
  • Fernanda Águas Em representação da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG).
  • Helena Canhão Unidade de Investigação em Reumatologia, Instituto Medicina Molecular, Universidade de Lisboa, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal.
  • José Delgado Alves Serviço Medicina 4, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. CEDOC/NOVA Escola Médica. Em representação da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).
  • Raquel Lucas EPIUnit, Instituto de Saúde Pública, Universidade do Porto. Em representação do Observatório Nacional das Doenças Reumáticas (ONDOR).
  • Jaime Branco Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. CEDOC/NOVA Escola Médica
  • Jorge Laíns Em representação da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR).
  • Mário Mascarenhas Em representação da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM).
  • Susete Simões Em representação da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
  • Viviana Tavares Em representação da Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS).
  • Óscar Lourenço Centro de Estudos e Investigação em Saúde, Universidade de Coimbra (CEISUC). Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
  • José António Pereira da Silva Serviço de Reumatologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal. Clínica Universitária de Reumatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal. Investigador Principal

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i6.11964

Palavras-chave:

Risco de Fratura, FRAX, Osteoporose, DMO, DXA, Fraturas de Fragilidade, Orientações, Recomendações

Resumo

Objetivo: Estabelecer as recomendações portuguesas relativas à indicação de realização da DXA e de iniciação de tratamento para a prevenção de fraturas de fragilidade. Métodos: Foi reunido um painel multidisciplinar, representando o leque das especialidades médicas e associações de doentes dedicadas à osteoporose, bem como especialistas nacionais neste domínio e em economia da saúde, com o objetivo de desenvolver recomendações com base na evidência científica e no consenso dos especialistas. As decisões foram suportadas por dados epidemiológicos, sócio-económicos e de qualidade de vida obtidos recentemente sobre as fraturas osteoporóticas. Resultados: Foram desenvolvidas 10 recomendações que abordam as questões de quem deve ser objeto de investigação com a DXA e quem deve ser tratado com terapêutica para prevenção de fraturas. Os limiares para a avaliação e intervenção baseiam-se na análise de custo-eficácia das intervenções em diferentes limiares da probabilidade a dez anos de fratura osteoporótica, calculados com base na versão portuguesa da FRAX® (FRAX®Port) tendo em consideração os dados epidemiológicos e económicos portugueses. Enumeram-se as limitações da FRAX® e, sempre que possível, propõem-se orientações para uma adaptação. Conclusões: Os limiares de custo-eficácia para realização de DXA e a instituição de terapêutica para a prevenção das fraturas de fragilidade são agora facultados à população portuguesa. Estes limiares são práticos, baseiam-se em dados epidemiológicos e económicos nacionais e em evidência científica e são corroborados por um painel multidisciplinar de especialistas e de instituições científicas. A implementação destas recomendações oferece perspetivas muito promissoras no que diz respeito a uma utilização mais eficaz dos recursos de saúde na prevenção das fraturas osteoporóticas em Portugal.

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Publicado

2016-11-01

Como Citar

Marques, A., Rodrigues, A. M., Romeu, J. C., Ruano, A., Barbosa, A. P., Simões, E., Águas, F., Canhão, H., Alves, J. D., Lucas, R., Branco, J., Laíns, J., Mascarenhas, M., Simões, S., Tavares, V., Lourenço, Óscar, & Silva, J. A. P. da. (2016). Recomendações multidisciplinares portuguesas sobre o pedido de DXA e indicação de tratamento de prevenção das fraturas de fragilidade. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 32(6), 425–41. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i6.11964