Caracterização da empatia em internos de medicina geral e familiar

Autores

  • Nuno Basílio Médico Interno de Medicina Geral e Familiar. USF Carcavelos
  • Ana Sofia Vitorino Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. UCSP Parede
  • José Mendes Nunes Professor Auxiliar convidado. Unidade de Medicina Geral e Familiar, NOVA Medical School. Assistente Graduado Sénior. USF Carcavelos, ACeS Cascais

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i3.12159

Palavras-chave:

Empatia, Internato, Medicina geral e familiar, Cuidados de saúde primários.

Resumo

Objetivos: Caracterizar o nível de empatia dos internos do primeiro e último ano da formação específica (FE) em medicina geral e familiar (MGF) e comparação entre os referidos grupos. Tipo de estudo: Observacional, analítico e transversal. Local: Administrações Regionais de Saúde (ARS) de Portugal. População: Internos de MGF em formação específica nas ARS de Portugal. Métodos: Aplicou-se um questionário anónimo, de autopreenchimento, utilizando a Jefferson Scale of Physician Empathy (JSPE), adaptada e validada para a população médica portuguesa, a uma amostra de conveniência de internos selecionada do universo pretendido. Os inquéritos foram aplicados presencialmente ou via e-mail pessoal. A análise estatística foi feita através de SPSS (R) v. 19.0. Resultados: Foram recolhidos 304 questionários: 84 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2012 (taxa de resposta (TR)=20,6%) e 220 do grupo de internos que iniciaram a FE em 2016 (TR=42,3%), pertencendo a maioria dos internos de cada grupo à ARS de Lisboa e Vale do Tejo (52,4% e 61,4%, respetivamente). Entre ambos os grupos não se verificaram diferenças estatisticamente significativas na variável sexo (p=0,466). Os níveis medianos de empatia (ME) obtidos com a aplicação da JSPE não apresentam diferenças estatisticamente significativas nos dois grupos [ME(2012)=119,00; ME(2016)=118,00; p=0,678] e a experiência prévia na área da comunicação não se relaciona com melhor pontuação (p=0,610). Os elementos do sexo feminino apresentaram níveis de empatia estatisticamente superiores (p=0,008). Conclusões: Os resultados obtidos são comparáveis a estudos nacionais e internacionais com estudantes de medicina. A capacidade empática não parece variar com a formação específica ou com a formação pré-graduada. A baixa taxa de resposta não permitiu atingir representatividade, limitando a robustez dos resultados. O presente estudo é o ponto de partida para a análise da variação da capacidade empática ao longo da formação específica.

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Publicado

2017-05-01

Como Citar

Basílio, N., Vitorino, A. S., & Nunes, J. M. (2017). Caracterização da empatia em internos de medicina geral e familiar. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 33(3), 171–5. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i3.12159

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