Fibromialgia: Abordagem terapêutica

Autores

  • Paula Gomes Assistente de Medicina Geral e Familiar, USF Infesta
  • Carla Campos Médica Interna de Medicina Geral e Familiar, Centro de Saúde de Leça da Palmeira

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i2.10728

Palavras-chave:

Fibromialgia, Tratamento, Dor

Resumo

Objectivos: Rever, com base na evidência, e sistematizar a informação recentemente publicada sobre a abordagem terapêutica do doente com fibromialgia (FM). Fontes de Dados: National Guide line Clearing house, Cochrane, Dare, Bandolier e Medline. Métodos de Revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), meta-análises (MA), revisões sistemáticas (RS) e estudos originais, em língua inglesa e portuguesa, publicados entre 1998 e Setembro de 2008, utilizando as palavras-chave: «Fibromyalgia» e «Therapeutics». Foram também pesquisadas reco mendações de sociedades científicas, tendo sido seleccionadas aquelas em que é analisado o nível de evidência. Foram incluídos 2 NOC, 3 MA, 11 RS e 4 estudos originais. Utilizou-se a taxonomia SORT para avaliação do nível de evidência e força de recomendação. Resultados:A abordagem da FM requer umaavaliação da dor, funcionalidade, con texto psicossocial e co-morbilidades associadas. Relativamente à terapêutica farmacológica, existe forte evidência para a utilização de duloxetina, pregabalina e tramadol para o controlo da dor. Evidência moderada apoia a utilização de amitriptilina e ciclobenzaprina (especialmente se perturbações do sono associadas) e fluoxetina. O milnaciprano e o pirlindole apresentam resultados promissores, sendo necessários mais estudos. Os efeitos benéficos observados com a fluoxetina, duloxetina e milnaciprano foram independentes das alterações do humor e as do ses utilizadas foram similares ou superiores às recomendadas para o tratamento anti-depressivo, conferindo-lhes a vantagem de tratarem depressões co-mórbidas. Em relação à terapêutica não farmacológica, existe evidência moderada para a prá tica de exercício físico aeróbico e balneoterapia. Conclusões: Múltiplos tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos demonstraram eficácia no tratamento da dor e sintomas associados. Na ausência de um tratamento que actue em todos os sintomas, um tratamento optimizado irá requerer uma abordagem multidisciplinar individualizada.

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Publicado

2010-03-01

Como Citar

Gomes, P., & Campos, C. (2010). Fibromialgia: Abordagem terapêutica. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 26(2), 202–13. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i2.10728