Erro médico: Community pharmacists and physicians inter-professional work: insights from qualitative studies with multiple stakeholders

Autores

  • Ema Paulino MSc Student, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
  • Mara P. Guerreiro MSc Student, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
  • Judith A. Cantrill Professor of Medicines, School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, The University of Manchester, UK
  • Ana Paula Martins Associate Professor, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa & Research associate (Research Institute for Medicines and Pharmaceutical Sciences (iMED.UL)
  • Filipa Alves Da Costa Invited Associate Professor (Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz)
  • S. I. (Charlie) Benrimoj Professor of Pharmacy Practice, Faculty of Pharmacy, University of Sydney, Aus

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i6.10802

Palavras-chave:

Interprofissional, Farmacêutico, Médico, Cuidados de Saúde Primários, Farmácia Comunitária, ServiçosFarmacêuticos

Resumo

Objectivos: Explorar a opinião e experiências de um grupo de stakeholders relativamente à relação interprofissional entre farmacêuticos comunitários e médicos. Tipo de estudo: Cinco estudos qualitativos. Local: Cuidados de Saúde Primários. População e Métodos: Foram realizadas entrevistas e/ou grupos focais a uma amostra constituída por 31 farmacêuticos comunitários, 8 líderes médicos e farmacêuticos, 12 médicos e 21 doentes. As questões investigadas relacionavam-se com serviços de gestão da terapêutica prestados na farmácia comunitária. Os dados relativos a relações interprofissionais foram analisados com recurso ao software NVIVO®. Resultados:A evidência demonstra um estádio imaturo na relação interprofissional entre médicos e farmacêuticos comunitários. A análise dos dados sugere uma disparidade entre as percepções que os farmacêuticos tinham da sua própria função e a que os médicos assumiam ter. Um segundo factor determinante foi o benefício percepcionado do trabalho interprofissional, onde também se verificaram divergências. Os médicos percepcionavam poucos benefícios para os doentes e para si próprios; os farmacêuticos, pelo contrário, antecipavam benefícios para os doentes. Um terceiro factor foi a territorialidade decorrente da percepção de invasão de funções. A extensão da função do farmacêutico para áreas mais clínicas foi percepcionada como uma invasão da prática médica por médicos e farmacêuticos. Estes últimos, no entanto, mostraram-se indisponíveis para descontinuar as novas funções. Os factores apresentados como facilitadores do fortalecimento da relação interprofissional foram o aumento do conhecimento sobre a função e serviços prestados pelo farmacêutico, através da formação mista e da realização de reuniões conjuntas. A existência de protocolos de colaboração e partilha de dados clínicos evidenciaram-se como temas relevantes. Conclusões: A relação interprofissional entre farmacêuticos e médicos encontra-se num estádio inicial de desenvolvimento. Parecem ser necessárias estratégias multi-modais que combinem abordagens verticais nos dois sentidos para que a relação interprofissional se consolide de forma a contribuir para a segurança do doente.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

01-11-2010

Como Citar

Erro médico: Community pharmacists’ and physicians’ inter-professional work: insights from qualitative studies with multiple stakeholders. (2010). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 26(6), 590-606. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i6.10802