Prevalência e diagnóstico da depressão em medicina geral e familiar
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i1.10006Palavras-chave:
Depressão, Medicina Geral e Familiar, Diagnóstico, Escala de DepressãoResumo
Objectivos: Obter uma estimativa da prevalência de perturbações depressivas entre os utentes com 35 a 65 anos que recorrem aos serviços de Cuidados de Saúde Primários; estudar a validade da versão portuguesa da CES-D (Center for Epidemiologic Studies Depression Scale); estudar os factores que podem dificultar o diagnóstico de depressão pelo clínico geral. Tipo de Estudo: observacional, descritivo, transversal. Local: Centro de Saúde de Cascais. População: Utentes com 35-65 anos que recorrem à consulta. Métodos: Entre Abril e Junho de 2000 foi recolhida uma amostra de 260 utentes da faixa etária definida que tinham recorrido à consulta no Centro de Saúde. O médico indicou, para cada caso, os problemas de saúde activos. Cada um desses utentes respondeu, em seguida, à escala de depressão (CES-D), e, os que aceitaram (N=179), participaram numa entrevista estruturada conduzida por um psicólogo e visando avaliar a eventual presença duma perturbação depressiva segundo os critérios do DSM-IV. Resultados: Verificou-se que 13% dos utentes satisfaziam os critérios para o diagnóstico de um Episódio Depressivo Major e, globalmente, 33% apresentavam alguma forma de perturbação depressiva. O clínico geral indicou a presença de problemas depressivos apenas em 36% destes casos (ou 46% dos que satisfaziam os critérios para Episódio Depressivo Major). O facto dos sujeitos apresentarem outros problemas de saúde e não apresentarem espontaneamente queixas de tipo depressivo parece ser o factor que mais contribui para a dificuldade de diagnóstico.Downloads
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Direitos de Autor (c) 2004 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

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