Gestão de resíduos hospitalares nos centros de saúde e extensões do distrito de Lisboa

Autores

  • António Tavares Autoridade de Saúde do Concelho da Amadora, Centro de Saúde da Venda Nova
  • Carla Barreiros Técnica Superior de Saúde do Ramo de Engenharia Sanitária, Sub-Região de Saúde de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i1.10007

Palavras-chave:

Gestão Integrada de Resíduos Hospitalares, Resíduos Hospitalares, Infecção Hospitalar

Resumo

Os resíduos hospitalares, produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde (upcs), constituem um risco para todos aqueles que os produzem, manipulam ou estão expostos a eles. Cerca de 20% são considerados perigosos e as hepatites B e C e a SIDA podem surgir na sequência destas exposições. A sua gestão integrada nas upcs inclui a redução da sua produção, uma correcta triagem, deposição, acondicionamento e recolha interna para um local de armazenamento adequado, a partir do qual segue um circuito próprio para o seu destino final. Através de um estudo de tipo descritivo, transversal, pretende-se avaliar as condições de funcionamento da gestão destes resíduos em todos os Centros de Saúde e Extensões do Distrito de Lisboa. Utiliza-se um questionário englobando questões relativas aos locais de produção e de armazenamento e ao apoio logístico. Verifica-se que muitas upcs não fazem separação dos resíduos hospitalares dos Grupos I e II, impossibilitando a sua posterior valorização. Na quase totalidade das prestações de cuidados domiciliários, estes resíduos são depositados nos contentores camarários. Só em 31 % dos casos os corto-perfurantes têm contentores próprios. O armazenamento dos Grupos III e IV é deficiente em cerca de metade das upcs e nem sempre as condições de ventilação e de higienização são as mais adequadas. A formação dos profissionais envolvidos na gestão dos resíduos hospitalares só existe em 50 % dos casos, tornando aquela ineficiente. 75 % das upcs não controla o peso dos resíduos produzidos. A grande maioria das upcs dispõe de registos actualizados e arquivados. Conclui-se que devem ser elaborados planos de gestão interna de resíduos adequados à dimensão das upcs e às quantidades produzidas, realizando auditorias regulares aos procedimentos utilizados.

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Publicado

01-01-2004

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Gestão de resíduos hospitalares nos centros de saúde e extensões do distrito de Lisboa. (2004). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 20(1), 31-44. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i1.10007

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