Abordagem da hipertensão arterial refractária

Autores

  • Susana Paiva Interna Complementar de Clínica Geral Centro de Saúde de Aldoar - Unidade de Saúde Familiar de Serpa Pinto

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i5.10169

Palavras-chave:

Hipertensão Arterial, Hipertensão Refractária, Hipertensão Resistente, Médico de Família

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial é geralmente considerada refractária ou resistente se os valores de tensão arterial alvo não são atingidos, em pacientes que recebem tratamento anti-hipertensivo com três fármacos, incluindo um diurético, todos eles em doses próximas das máximas recomendadas. A prevalência de hipertensão refractária oscila entre 3 e 29%, dependendo dos estudos. São vários os factores que podem contribuir para uma hipertensão refractária. Uma abordagem adequada de cada paciente pode permitir a identificação adequada destes factores, reduzindo drasticamente a proporção de pacientes resistentes ao tratamento. Objectivo: Apresentar uma revisão actualizada sobre os vários factores que podem estar na origem de hipertensão refractária e algumas estratégias para diminuir a sua prevalência na consulta de Medicina Geral e Familiar. Métodos: Foi efectuada uma pesquisa bibliográfica na base de dados Medline, no Index RMP e em sites de revistas médicas internacionais entre os anos de 1996 e 2004 (mês de Novembro), através da utilização das palavras-chave «Hard-to-control hypertension» e «Resistant hypertension». Revisão: Os principais factores que contribuem para uma hipertensão refractária são a falta de adesão ao tratamento, o tratamento anti-hipertensivo inadequado, as interacções farmacológicas, o excesso de volume, a hipertensão secundária, a pseudoresistência e a presença de outras condições associadas à hipertensão (obesidade - hiperinsulinemia, abuso do álcool, síndrome da apneia do sono). A abordagem adequada do paciente com hipertensão refractária passa necessariamente por uma cuidadosa história clínica e por uma exploração física especialmente detalhada para detectar sinais associados a etiologias de hipertensão secundária. Pondo em prática estas medidas é possível encontrar na maior parte dos casos o motivo de resistência ao tratamento.

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Publicado

01-09-2005

Como Citar

Abordagem da hipertensão arterial refractária. (2005). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 21(5), 461-7. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v21i5.10169