Referenciação aos cuidados de saúde secundários

Autores

  • Carla Mónica Faria Ponte Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Benedita Graça Moura Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Andreia Chaves Cerejo Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Raquel Braga Médica de Família Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Inês Marques Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Ana Teixeira Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Anselmo Jul Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Manuel Vaz Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora
  • Joana Trancoso Internos do Internato Médico de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Senhora da Hora

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i5.10282

Palavras-chave:

Referenciação, Cuidados de Saúde Primários, Cuidados de Saúde Secundários

Resumo

Introdução: O processo de referenciação dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) para os Cuidados de Saúde Secundários (CSS) é de grande interesse, sobretudo devido a aspectos relacionados com a qualidade dos cuidados prestados e de ordem económica. O Estudo Europeu sobre Referenciação revelou, em Portugal, uma taxa de referenciação de 5,56%. Em Portugal, não existem estudos sobre a qualidade da referenciação. A Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos pretende prestar cuidados globais aos utentes colocando em rede os CSP e CSS. Em termos de referenciação, esta ligação necessita de ser aperfeiçoada. Objectivos: Determinar a taxa de referenciação, caracterizar a população referenciada, avaliar as características das referenciações, descrever e analisar a resposta dos CSS. Metodologia: Estudo transversal analítico. Recolha do número de referenciações do CS Senhora da Hora (CSSH) no ano de 2003. Amostra aleatória de 400 referenciações efectuadas para o Hospital Pedro Hispano (HPH). Determinação das estatísticas descritivas da amostra e uso do teste de 2 para comparação de proporções (a = 0,05). Resultados: A taxa de referenciação foi de 10,1%. A idade média da população referenciada foi 45,3 anos; 61,8% do sexo feminino. As especialidades mais referenciadas foram ORL, Ginecologia e Cirurgia. As cartas de referenciação contêm, na sua maioria, o nome do doente (98,9%), objectivo de referenciação (92,8%) e data (94,8%). Contudo, grande parte não referia medicação habitual (71,3%), descrição do exame físico (51,5%) ou identificação do médico (52,3%). Em 50,8% dos casos, a efectivação da consulta verificou-se 1 a 6 meses após a referenciação. Obteve-se informação de retorno em 26,3% das referenciações. Conclusão: Este estudo revelou lacunas na articulação dos cuidados de saúde. O médico deve ter em conta que as cartas de referenciação/retorno são um veículo primordial de comunicação, devendo ser aperfeiçoadas, pois delas depende a qualidade dos cuidados prestados. Sistemas de informação em rede e regras de referenciação protocoladas podem melhorar a articulação dos cuidados.

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Publicado

01-09-2006

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Referenciação aos cuidados de saúde secundários. (2006). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 22(5), 555-68. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i5.10282

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