Relação médico-doente: Sua complexidade e papel dos grupos Balint
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i6.10430Palavras-chave:
Relação Médico-Doente, Medicina Geral e Familiar, Teoria Geral dos Sistemas, Complexidade, Sistema Complexo Adaptativo, Grupos Balint, MudançaResumo
O modo como a relação médico-doente tem sido apreciada ao longo do último século, alternando entre valorizações positivas, negativas ou indiferentes, constitui uma inevitável consequência dos desenvolvimentos científicos e técnicos colocados ao serviço da Medicina. Aos momentos em que o predomínio da técnica tem ofuscado a pessoa do médico, têm sucedido outros, em que se revela a sua importância e imprescindibilidade. Neste processo interactivo e recorrente, próprio da confrontação entre sistemas diversos mas que se conjugam para uma mesma finalidade, actualmente a importância da relação médico-doente tem vindo a ser realçada como uma ferramenta fundamental, que obedece a princípios e métodos que estão para além da simples presença de um médico e de um paciente deixados ao sabor de papeis sujeitos a guiões preconcebidamente estabelecidos. Assim, é agora encarada como uma tecnologia em constante renovação, de modo a ajudar o médico a funcionar nas melhores condições, com o máximo de eficácia e o mínimo de acidentes. Ao integrar elementos tecnológicos fortes e impositivos, mas também necessidades de relacionamento humano insubstituíveis, a relação médico-doente ganhou em complexidade e em exigência. Partindo de uma visão sistémica da realidade e do conceito de sistema complexo adaptativo, procuraremos evidenciar como os grupos Balint, enquanto instrumento de treino e aperfeiçoamento da relação médico-doente, têm dialogado com os novos contextos sociais e de prestação de cuidados de saúde, mantendo e progredindo na sua capacidade para suportar a actividade relacional dos médicos de Medicina Geral e Familiar.Downloads
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