O mapa de problemas - Um instrumento para lidar com a morbilidade múltipla
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i2.11128Palavras-chave:
Morbilidade Múltipla, Co-morbilidade, Mapa de Problemas, Mapa de Ideias, Mapa de Conhecimentos, Mapa de Conceitos, ComplexidadeResumo
Introdução: A incerteza quanto à avaliação diagnóstica, à intervenção e ao prognóstico sempre foiuma realidade da prática médica, podendo atingir níveis muito elevados nas situações de morbilidade múltipla crónica. A singularidade de cada pessoa com morbilidade múltipla é um dos desafios mais difíceis e interessantes do dia-a-dia da medicina geral e familiar. A abordagem deste problema, pela sua complexidade e quase ausência de investigação clínica e de produção de evidência requer a utilização de instrumentos que facilitem o raciocínio clínico e a decisão. Conceito: A elaboração de mapas conceptuais segue uma metodologia própria, que é semelhante em diferentes áreas. O mapa de problemas de saúde de um paciente é uma representação gráfica a duas dimensões. A ideia que levou à sua elaboração surgiu aos autores há alguns anos atrás como resposta a uma necessidade prática do dia-a-dia. Traduziu uma evolução da abordagem clássica linear da lista de problemas, que é uma componente do método criado por Lawrence Weed, para uma abordagem sistémica em que se procura estudar e compreender as relações e interligações entre os vários problemas que coexistem numa mesma pessoa. Procura representar a duas dimensões, num mesmo plano, os diferentes problemas e as suas possíveis interrelações. Visa ajudar a abordar de forma mais clara o conjunto das diferentes questões que em cada momento (ou consulta) se podem colocar na prestação de cuidados a doentes com morbilidade múltipla. O mapa funciona como um auxiliar cognitivo amplificador de ideias, possibilitando uma abordagem reflexiva e uma compreensão sistémica dos problemas de saúde de cada pessoa, em alternativa ao modelo tradicional linear. Discussão: O mapa de problemas é uma representação gráfica bidimensional contendo elementos de representação dinâmica que visa o apoio ao processo cognitivo. As principais limitações deste método são a sua morosidade em contexto de consulta, podendo ser utilizado em situações específicas de maior complexidade como, por exemplo, quando se fazem pontos de situação de pacientes com morbilidade múltipla recorrendo a fluxogramas e a resumos. Como todos os sistemas de registo omite a dimensão emocional e a dimensão temporal.Downloads
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