Comparação entre SNRI e SSRI na indução da remissão da perturbação depressiva major: uma revisão baseada na evidência
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v30i3.11361Palavras-chave:
Depressão, Antidepressivos de Segunda Geração, Indução de Remissão, Medicina Baseada em Evidências.Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia dos inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (SNRI) face aos inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI) na indução de remissão na perturbação depressiva major. Fontes de dados: PubMed, bases de dados de medicina baseada na evidência e o Índex de Revistas Médicas Portuguesas. Métodos da revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), revisões sistemáticas e meta-análises publicadas até 13/01/2013, bem como de ensaios clínicos (ECA) desde 01/01/2011 até 13/01/2013, utilizando os termos MeSH depressive disorder, major; venlafaxine; duloxetine, bem como os descritores portugueses depressão e antidepressivos de segunda geração. Para classificar a força de recomendação e os níveis de evidência foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Family Physician. Resultados: Foram encontrados 223 artigos. Destes, três NOC e nove revisões sistemáticas/meta-análises foram selecionadas. Nenhum ECA cumpria os critérios de inclusão. Tanto os SNRI como os SSRI são considerados terapêutica de primeira linha (nível de evidência [LE] 1) e não há evidência clara de superioridade dos SNRI face aos SSRI (LE 2). Contudo, a evidência mais consistente indica a maior eficácia da venlafaxina sobre a fluoxetina e paroxetina (LE 2). As NOC salientam a importância de escolher um antidepressivo com base no seu perfil de segurança e em aspetos relacionados com o paciente (LE 1). Conclusões: Tanto os SNRI como os SSRI são uma boa escolha (força de recomendação [SOR] A) para o tratamento da depressão. As características do fármaco e do paciente têm de ser levadas em conta na escolha do antidepressivo (SOR A). Num doente sem morbilidades, alguns SNRI mostram maior eficácia na remissão da depressão, mas não se pode falar de um efeito de classe. A escolha de SNRI em detrimento de um SSRI para atingir a remissão da depressão não é suportada pela evidência atual (SOR B).Downloads
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