Decisão terapêutica na hipertensão: inquérito às atitudes dos médicos de família na região de Lisboa e Vale do Tejo

Autores

  • Joana Rodrigues Médica Interna de Medicina Interna, Hospital Pulido Valente - Centro Hospitalar Lisboa Norte
  • Milene Fernandes Farmacêutica, MSc Epidemiologia. Investigadora no Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Medical Writer – Eurotrials, Consultores Científicos
  • Violeta Alarcão Socióloga. Investigadora no Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Paulo J. Nicola Médico de Medicina Geral e Familiar, MSc Clinical Research. Investigador no Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Evangelista Rocha Médico Cardiologista, PhD. Coordenador da Unidade de Epidemiologia – Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública – Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i3.11523

Palavras-chave:

Hipertensão, Decisão Terapêutica, Recomendações, Relação Médico-Doente

Resumo

Objectivos: Caracterizar as atitudes dos médicos de família quanto à decisão terapêutica na hipertensão, incluindo aspectos como controlo e tratamento e comparar estas atitudes com as recomendações clínicas à data do estudo. Tipo de estudo: Estudo observacional transversal. Local: Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP)/Unidades de Saúde Familiar (USF) da região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo. População: Médicos de medicina geral e familiar, especialistas e internos de especialidade. Métodos: Questionário de auto-preenchimento, com variáveis demográficas e sobre a experiência no seguimento de hipertensos, a medição da pressão arterial (PA), estilos de vida, decisão de início da medicação anti-hipertensora e estratégias usadas na avaliação da adesão à terapêutica. Para identificar associações entre aspectos da decisão e outras variáveis recorreu-se a testes de Qui-Quadrado (α=0,05). Resultados: Em média, os 60 participantes, dos quais 41 (68,3%) eram mulheres de 14 UCSP/USF, tinham 52±8,6 anos de idade e 22±8,2 anos de prática clínica. Todos consideraram as modificações de estilo de vida úteis no controlo da PA. Na monitorização 24h da PA (MAPA), os valores diurnos para diagnóstico HTA foram 136/83mmHg. A PA indicada para iniciar tratamento foi, em média, PA>140/90mmHg sem outros factores de risco. Nos idosos, 77% concorda em aceitar valores de PA mais elevados, iniciando a medicação com PA>150/90mmHg. A monoterapia parece ser preferida no início da terapêutica; 58% concorda que a maioria dos seus doentes consegue manter a PA controlada com apenas um fármaco e aqueles com mais de 20 anos de prática parecem concordar mais (p=0,043). Conclusões: As atitudes reportadas estavam alinhadas com as recomendações europeias e nacionais existentes à data, quanto à utilidade das modificações do estilo de vida e os valores considerados para iniciar medicação. Houve alguma heterogeneidade quanto aos valores de PA a considerar no idoso e quanto aos critérios da MAPA. A actualização das recomendações clínicas implica a formação contínua dos médicos para incorporar na prática as melhores opções no seguimento do hipertenso.

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Publicado

01-05-2015

Como Citar

Decisão terapêutica na hipertensão: inquérito às atitudes dos médicos de família na região de Lisboa e Vale do Tejo. (2015). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 31(3), 168-84. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i3.11523

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