Angioedema ou síndroma da veia cava superior: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v31i4.11556Palavras-chave:
Linfoma, Angioedema, Síndroma da Veia Cava SuperiorResumo
Introdução: O médico de família (MF) depara-se regularmente com sinais e sintomas comuns que podem ser a tradução de patologias de curso menos benigno. Com este caso pretende-se demonstrar como o achado relativamente comum de edema facial pode ser interpretado erroneamente como angioedema, quando a patologia subjacente é a síndroma da veia cava superior (SVCS). Descrição do caso: Homem, 61 anos, recorreu ao MF por história de síncope. Foi enviado ao serviço de urgência (SU) hospitalar, onde foi assumido o diagnóstico de síncope vasovagal e detetada anemia microcítica hipocrómica. O estudo da anemia revelou ferropenia e uma úlcera no antro gástrico. Passados três meses voltou à Unidade de Saúde Familiar por edema facial, tendo sido medicado com anti-histamínico. Por persistência das queixas, recorreu ao SU onde foi feito o diagnóstico de angioedema. Um mês depois foi internado para tratamento de uma hemorragia digestiva alta com origem na úlcera gástrica. Voltou posteriormente ao SU por queixas respiratórias, onde se efetuou telerradiografia torácica que revelou alargamento do mediastino superior. No internamento diagnosticou-se um linfoma B que terá condicionado compressão da veia cava superior. Comentário: A dificuldade em diferenciar angioedema de SVCS revelou-se fulcral no desenvolvimento do presente caso. Situações de confusão diagnóstica entre estas duas entidades são já descritas na literatura. Questões relativas à complexidade das apresentações clínicas e às dificuldades sentidas pelo MF na gestão do presente caso serão discutidas.Downloads
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