Um caso de penfigóide gestacional

Autores

  • Ana Raquel Marques Médica Interna de MedicinaGeral e Familiar. UCSP São Mamede
  • Luciana Monteiro Médica Assistente Graduada Sénior de Medicina Geral e Familiar. UCSP São Mamede
  • Maria Meneses Médica Interna de Medicina Geral e Familiar. UCSP São Mamede

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i3.11794

Palavras-chave:

Penfigóide Gestacional, Diagnóstico, Gestão

Resumo

Descrição do caso: O penfigóide gestacional é uma dermatose bolhosa da gravidez rara. Inicia-se no 2.o/3.o trimestre de gestação ou no pós-parto imediato. Apresentamos um caso clínico de uma mulher de 31 anos, 2G1P, grávida, vigiada na Unidade Funcional. Pertencente a família nuclear, na fase III do ciclo de Duvall e classe média de Graffar. Sem antecedentes pessoais ou familiares relevantes. Com 18 semanas e dois dias de gestação recorreu a consulta de intersubstituição por prurido generalizado, tendo sido medicada com um anti-histamínico oral de primeira geração. No entanto, por agravamento das queixas e aparecimento de vesículas periumbilicais, recorreu a várias instituições de saúde no espaço de um mês, com diagnósticos diversos. Por fim, foi feito o diagnóstico de penfigóide gestacional e iniciou tratamento com corticoterapia endovenosa. Durante a gravidez realizaram-se várias tentativas de redução da dose do corticoide oral com agravamento das lesões, o que impossibilitou a sua suspensão. No 3.o dia pós-parto houve novo agravamento do quadro clínico. Atualmente, a utente mantém lesões que agravam com a tentativa de suspensão da corticoterapia. Sublinha-se a importância do exame objetivo no diagnóstico, bem como de um elevado índice de suspeição, especialmente importante em patologias menos frequentes como o caso descrito, para que a grávida seja orientada adequadamente. O médico de família deve igualmente estar atento à possibilidade da recorrência da dermatose numa gestação seguinte que é, habitualmente, mais precoce e mais grave.

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Publicado

01-05-2016

Como Citar

Um caso de penfigóide gestacional. (2016). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 32(3), 217-21. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v32i3.11794

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