Como se vêem os nossos adolescentes? Avaliação da perceção da imagem corporal numa população escolar
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i2.12126Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a perceção corporal numa população escolar e identificar fatores de risco para insatisfação corporal.
Tipo de estudo: Estudo observacional transversal
Local: Três escolas aleatoriamente selecionadas.
População: Adolescentes do 5º-8º ano
Métodos: Realizado inquérito sócio-demográfico, aplicada escala pictórica de Collins (silhuetas de 1 - extremamente magro a 7 - obeso) e avaliação antropométrica. Significância estatística p<0,05.
Resultados: Incluídos 431 adolescentes, idade média 12,8 anos, 52,7% do sexo feminino, doença crónica reportada em 14%, excesso de peso em 18,3% e obesidade em 13,2%. Perceção corporal: discrepância entre a figura real e a desejada em 47,9% (37,7% ideais mais magros, 10,2% ideais mais pesados). Comparação feminino vs masculino: figuras mais pesadas no Eu (p<0,001), maior insatisfação corporal (56,8% vs 37,9%), discrepância Eu-Eu ideal e Eu-Adulto ideal mais elevadas (p=0,002; p<0,001) e maior desejo em perder peso (52,9% vs 27,4% p<0,001). Sobrepeso vs normoponderais: figuras mais pesadas no Eu (p<0,001) e Eu ideal (p<0,001), insatisfação corporal em 75,7% vs 35%, maior discrepância Eu-Eu ideal e Eu-Adulto ideal (p<0,001). Idade e doença crónica sem significância estatística.
Conclusões: Encontrámos uma elevada prevalência de insatisfação corporal e identificámos como fatores de risco o sexo feminino e o excesso de peso/obesidade.
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