A perspetiva dos médicos de família Portugueses quanto à referenciação de crianças com problemas de comunicação e linguagem

Autores

  • Inês Dinis Universidade Fernando Pessoa Agrupamento de Escolas da Sé, Guarda
  • Fátima Maia Universidade Fernando Pessoa (FCS/ESS)
  • Rute F. Meneses Universidade Fernando Pessoa (FCHS/CTEC/FP-B2S/HE)
  • Rafael Sousa USF Infante D. Henrique

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i2.12455

Resumo

Objetivos: Compreender a perspetiva dos médicos de família portugueses acerca do processo de referenciação de crianças com problemas de comunicação e linguagem e quais as barreiras que identificam ao mesmo.

Tipo de Estudo: Observacional, transversal e descritivo.

Local: Região Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Região Norte e Região Autónoma dos Açores.

População: Médicos de família da Região Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Região Norte e Região Autónoma dos Açores.

Métodos: Construção e aplicação de um questionário on-line, com 35 questões com resposta em escala de Likert (0-5) e 1 questão semiaberta. O questionário foi enviado a nível nacional, segundo um método de amostragem por redes. Foi assegurado o anonimato e a confidencialidade dos dados.

Resultados: Participaram 55 médicos de família. Cerca de 40% dos inquiridos consideraram-se bastante satisfeitos com o processo de referenciação; 55% manifestaram-se pouco ou nada satisfeitos com a aprendizagem de conteúdos acerca do desenvolvimento de comunicação e linguagem durante o curso de medicina; 58% referiram que o encaminhamento para o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância ocorre com pouca ou nenhuma frequência. Foram identificadas seis barreiras ao processo de referenciação: constrangimentos com serviços; recursos humanos; burocracia; lentidão do processo; conhecimentos relacionados com o processo de referenciação; atitude dos pais.

Conclusão: Apesar da maioria dos médicos de família parecer satisfeita com o processo de referenciação, surgiram algumas preocupações. Assim, seria importante melhorar a formação acerca de problemas de comunicação e linguagem da criança, assegurar a existência de terapeutas da fala nos serviços, bem como melhorar a articulação entre os mesmos.

Palavras-Chave: problemas de comunicação e linguagem; processo de referenciação; médico de família; intervenção precoce; terapeuta da fala

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Biografias do Autor

  • Inês Dinis, Universidade Fernando Pessoa Agrupamento de Escolas da Sé, Guarda
    Mestre em Terapêutica da Fala
  • Fátima Maia, Universidade Fernando Pessoa (FCS/ESS)
    Phd
  • Rute F. Meneses, Universidade Fernando Pessoa (FCHS/CTEC/FP-B2S/HE)
    Phd
  • Rafael Sousa, USF Infante D. Henrique
    Mestre em Medicina

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Publicado

29-04-2020

Como Citar

A perspetiva dos médicos de família Portugueses quanto à referenciação de crianças com problemas de comunicação e linguagem. (2020). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 36(2), 114-25. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i2.12455