Hiperparatiroidismo primário: caso clínico.
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v34i4.12481Palavras-chave:
Hiperparatiroidismo primário, Adenoma paratiroide, Hipercalcemia.Resumo
Introdução: O diagnóstico de hiperparatiroidismo primário pode ocorrer de forma incidental em fases assintomáticas ou surgir tardiamente em contexto de queixas inespecíficas e prolongadas. Descrição do caso: Doente de 32 anos, sexo feminino, sem antecedentes de relevo. Em fevereiro de 2012 sofre episódio de cólica renal severa, com necessidade de nefrostomia. A investigação complementar identificou litíase renal exuberante, com indicação para cateter duplo J preventivo. Em dezembro de 2012 sofre rutura do tendão do quadricípete após queda. Em março de 2013, nova queda por desequilíbrio com fratura do colo do úmero. Mantém queixas progressivas de lombalgias, dores ósseas, articulares e fraqueza muscular generalizadas, de características mecânicas, sem sinais inflamatórios, acabando por ficar dependente de cadeira de rodas em 2014. É referenciada ao hospital de referência por hipercalcemia grave e elevação da hormona paratiroideia (PTH 4300pg/ml). A ecografia cervical e cintigrafia das paratiroides confirmam suspeitas de hiperparatiroidismo primário por provável adenoma da paratiroide. Submetida a paratiroidectomia esquerda em maio de 2014, complicada por Síndroma do Osso Faminto, com evolução clínica e analítica favorável. Comentário: O caso clínico procura alertar para o hiperparatiroidismo primário como uma hipótese de diagnóstico possível perante um quadro de queixas osteoarticulares inespecífico e arrastado. O médico de família deve estar alerta para este diagnóstico, tendo em conta a prevalência destas queixas na prática clínica e a importância do diagnóstico precoce.Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os autores concedem à RPMGF o direito exclusivo de publicar e distribuir em suporte físico, electrónico, por meio de radiodifusão ou em outros suportes que venham a existir o conteúdo do manuscrito identificado nesta declaração. Concedem ainda à RPMGF o direito a utilizar e explorar o presente manuscrito, nomeadamente para ceder, vender ou licenciar o seu conteúdo. Esta autorização é permanente e vigora a partir do momento em que o manuscrito é submetido, tem a duração máxima permitida pela legislação portuguesa ou internacional aplicável e é de âmbito mundial. Os autores declaram ainda que esta cedência é feita a título gratuito. Caso a RPMGF comunique aos autores que decidiu não publicar o seu manuscrito, a cedência exclusiva de direitos cessa de imediato.
Os autores autorizam a RPMGF (ou uma entidade por esta designada) a actuar em seu nome quando esta considerar que existe violação dos direitos de autor.