Prevalência da síndroma de fragilidade na região norte de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i1.12564Resumo
Na última edição da RPMGF, v.34, n.6 (2018), foi publicado o artigo “Prevalência da síndrome de fragilidade na região norte de Portugal”, o qual carece dos seguintes comentários:
A síndrome de fragilidade (SF) não é considerada, atualmente, por diversos autores como uma síndroma geriátrica (SG). Conceptualmente a SF distingue-se destas por corresponder a um estado maior de vulnerabilidade para a manifestação das SG, assim como de outros resultados negativos de saúde (figura 1). Esta opção conceptual dota-se de maior importância nos cuidados de saúde primários (CSP), principalmente numa altura em que se desenvolvem estratégias para a população idosa focadas na prevenção/identificação/intervenção na SF. O rastreio da SF surge como alternativa à avaliação geriátrica global, impraticável como instrumento de identificação de indivíduos em risco, no nosso contexto assistencial.
Na formulação deste artigo os colegas não assumem com clareza que dimensão da fragilidade pretendem avaliar. Será importante compreender que a fragilidade física, dimensão comumente discutida em publicações médicas e associada á multimorbilidade, pode-se confundir com outras dimensões como a fragilidade social, cognitiva ou psicológica, o que impossibilita a posterior comparação de resultados.
Os critérios de exclusão aplicados pelos autores eliminam indivíduos em maior risco de SF, atendendo à sua condição de limitação na marcha e incapacidade de consentir.
Um dos resultados que gostaríamos de ver esclarecido prende-se com a prevalência da pré-fragilidade, claramente inferior aos valores noutros países da Europa, estará este valor associado aos critérios utilizados?
Por fim, concluir que mais estudos são necessários, na expetativa de compreender a real dimensão do SF em Portugal e os principais determinantes associados, mas também para definir qual o modelo de diagnóstico mais apropriado aos CSP.
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