Seguimento da SAOS numa Unidade de Saúde Familiar: avaliação e melhoria contínua da qualidade
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i3.12654Palavras-chave:
SAOS, Cuidados de saúde primários, VentiloterapiaResumo
Objetivo: Melhorar a qualidade do seguimento nos cuidados de saúde primários (CSP) de doentes com SAOS, através da realização de avaliação clínica adequada.
Tipo de estudo: Quasi-experimental, pré pós-intervenção.
Local: Unidade de Saúde Familiar (USF) Buarcos.
População: Utentes com prescrição de ventiloterapia, entre 01.07.2016 e 31.12.2016 (1ª avaliação) e entre 01.07.2017 e 31.12.2017 (2ª avaliação), com diagnóstico de SAOS e alta hospitalar.
Método: Critérios avaliados: (1) consulta médica presencial anual; (2) registo da adesão e eficácia da ventiloterapia (pela leitura dos relatórios dos cuidados respiratórios domiciliários [CRD]); (3) aplicação da Escala de Epworth (EE); (4) avaliação de efeitos secundários. Primeira avaliação e intervenção em janeiro 2017: divulgação dos resultados; folheto para análise dos relatórios e EE; contacto com empresas de CRD. Segunda avaliação: janeiro 2018. A eficácia da intervenção traduzir-se-ia num aumento de registos dos critérios de adesão e eficácia terapêutica, da aplicação e registo da EE, e da avaliação dos efeitos secundários da ventiloterapia. Definiu-se como meta de cumprimento, num ano, 90% para o primeiro critério e 40% para cada um dos restantes critérios.
Resultados: Após a intervenção verificou-se um aumento de 12% (p=0,0773) no cumprimento simultâneo de todos os critérios, com um aumento estatisticamente significativo do registo da adesão e eficácia da ventiloterapia (2º critério) (de 14% para 58%, p=0,0002).
Conclusões: Após a intervenção verificou-se, de forma global, uma melhoria no seguimento dos doentes com SAOS: em 12% dos utentes foram cumpridos todos os critérios; apesar de não ser estatisticamente significativo contrasta com a primeira avaliação em que nenhum utente estava devidamente monitorizado. A ventiloterapia é eficaz e os métodos para avaliação da adesão e eficácia são simples. Este estudo pretende iniciar um trabalho contínuo nesta patologia com grande impacto na morbimortalidade, mas ainda distante dos principais indicadores de saúde dos CSP.
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Referências
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Direção-Geral da Saúde. Seguimento nos cuidados de saúde primários de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono sob terapêutica com pressão positiva contínua: orientação n.º 022/2014, de 30/12/2014, atualizada em 28/11/2016. Lisboa: DGS; 2016.
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