COVID-19: adaptação de uma unidade de saúde familiar a novos desafios de acessibilidade aos cuidados de saúde
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13008Palavras-chave:
COVID-19, Telemedicina, Acessibilidade, Cuidados de saúde primáriosResumo
A pandemia COVID-19 obrigou a uma rápida adaptação dos serviços de saúde para que se pudesse manter a resposta e qualidade dos cuidados. De forma a garantir a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde primários e minimizar as consequências do distanciamento social, oferecendo alternativas à consulta presencial, a nossa Unidade de Saúde Familiar (USF) criou a linha de apoio ao utente. Os profissionais da USF adquiriram de forma autónoma seis telemóveis e criaram seis linhas diferentes: duas linhas para apoio médico geral, duas linhas para assuntos relacionados com a COVID-19, uma linha de apoio de enfermagem e uma linha de apoio do secretariado clínico. Foi criada uma base de dados para registo de contactos médicos e de enfermagem. Esta base de dados permitiu ainda a referenciação direta a apoio de psicologia.
Avaliou-se um período de seis meses (entre 16 de março e 16 de setembro de 2020). Foram registadas 7.535 chamadas: 5.281 nas linhas de apoio médico geral e 230 nas linhas médicas relacionadas com a COVID-19. Foram feitas 51 referenciações para apoio psicológico.
As restrições que obrigaram a medidas extraordinárias serão levantadas e esta experiência pode fornecer bases para o futuro, nomeadamente como diversificar a acessibilidade de uma unidade de saúde familiar, salientando a necessidade de investimento nessa área. No contexto atual, a telemedicina tem-se revelado uma alternativa adequada para o atendimento e orientação dos utentes.
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Referências
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