Medicamentos iSGLT2 na diabetes tipo 2: quão eficientes são no controlo analítico e na antropometria?
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i1.13769Palavras-chave:
Diabetes mellitus tipo 2, Inibidores da SGLT2, Índice de massa corporal, Perímetro abdominal, ControloResumo
Objetivo: Avaliar a efetividade dos medicamentos inibidores da SGLT2 (iSGLT2) no controlo de pessoa com diabetes tipo 2 (PDM2) pelos valores de hemoglobina A1c (HbA1c), índice de massa corporal (IMC) e perímetro abdominal (PA) após cinco anos de seguimento.
Métodos: Estudo observacional de coorte retrospetiva multicêntrica, de 2017 a 2022, efetuado em 2023. Analisaram-se os dados fornecidos pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro de PDM2 (classificação T90 da ICPC-2) dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) Baixo Mondego e Dão Lafões, de PMD2 escolhidas aleatoriamente e medicadas em 2017 com iSGLT2. Dados de PDM2 em 2017 e 2022, para a data mais próxima do fim do respetivo ano para HbA1c, IMC e PA. Controlo de DM2 para valores de HbA1c: ≤7% e ≤8%.
Resultados: Amostra de n=264 pessoas, 59,0% (n=156) homens. Verificaram-se variações de 2017 para 2022 na HbA1c de 7,62±1,21 para 7,56±1,12 (∆=-0,009) (p=0,951), no IMC de 31,65±8,72 para 29,90±4,56 (∆=-0,056) (p<0,001) e no PA de 104,90±13,64 para 105,58± 11,11 (∆=+0,007) (p=0,424). Frequência de PMD2 controladas, para HbA1c ≤7% e <65 anos, de 31,1% em 2017 e de 27,1% em 2022, ∆=-12,9 (p>0,05) e para HbA1c ≤8% de 74,8% em 2017 e de 73,3% em 2022, ∆=-0,02 (p=0,002).
Discussão: Comparando com valores de um estudo prévio, com seguimento a dois anos, verificaram-se reduções em HbA1c e IMC e aumento do PA, provavelmente pelo facto de a sarcopenia reduzir o IMC, que o aumento do PA não contrabalança. A prescrição de iSGLT2 não reduziu a prevalência de PMD2.
Conclusão: Verificou-se efetividade dos iSGLT2 na redução da HbA1c e do IMC, ao contrário do PA e da percentagem de PMDM2 controladas pelo valor de HbA1c.
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