Hiperaldosteronismo primário: um relato de caso

Autores

  • Helena Ramalho Araújo USF São João do Porto, ACeS Porto Ocidental. Porto, Portugal.
  • Joana Pinto USF São João do Porto, ACeS Porto Ocidental. Porto, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i6.13792

Palavras-chave:

Hiperaldosteronismo primário, Hipertensão, Relato de caso

Resumo

Introdução: A HTA secundária, responsável por 10% dos casos de HTA, inclui causas como o hiperaldosteronismo primário. Pretende-se alertar para a importância do despiste de causas secundárias de hipertensão quando se observam sinais sugestivos, como a ausência de controlo tensional com três fármacos, entre os quais um diurético.

Descrição do caso: Doente de 75 anos, do sexo feminino, com hipertensão arterial, dislipidemia, doença renal crónica e hipocalémia. Recorreu a uma consulta na sua Unidade de Saúde Familiar, na qual apresentou tensões elevadas. Os exames pedidos mostraram aumento dos níveis plasmáticos de aldosterona e renina, hipocalemia e um adenoma da glândula suprarrenal. Pela suspeita de hiperaldosteronismo primário, a doente foi referenciada para consulta de endocrinologia, na qual foi confirmado o diagnóstico. Realizou exérese do adenoma, encontrando-se atualmente normotensa.

Comentário: Este caso demonstra como, perante um doente medicado e com mau controlo tensional, deve ser considerada a hipótese de hipertensão secundária, pois a correção da causa pode levar à normalização tensional e diminuição do risco cardiovascular.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografias do Autor

  • Helena Ramalho Araújo, USF São João do Porto, ACeS Porto Ocidental. Porto, Portugal.

    Mestrado Integrado em Medicina no Instituto de Biomédicas de Abel Salazar de 2012 a 2018

    Internato de Formação Geral no Hospital de São João em de 1/0172019 a 31/12/2019

    Internato de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar na USF São João do Porto (ACeS Porto Ocidental) de Janeiro de 2020 até ao presente

  • Joana Pinto, USF São João do Porto, ACeS Porto Ocidental. Porto, Portugal.

    Interna do 4º ano de Formação Específica em Medicina Geral e Familiar 

Referências

Kline GA, Prebtani AP, Leung AA, Schiffrin EL. Primary aldosteronism: a common cause of resistant hypertension. CMAJ. 2017;189(22):E773-8.

Williams B, Mancia G, Spiering W, Rosei SE, Azizi M, Burnier M, et al. 2018 ESC/ESH Guidelines for the management of arterial hypertension. Eur Heart J. 2018;39(33):3021-104.

Charles L, Triscott J, Dobbs B. Secondary hypertension: discovering the underlying cause. Am Fam Phys. 2017;96(7):453-61.

Heerspink HJ, Stefánsson BV, Correa-Rotter R, Chertow GM, Greene T, Hou FF, et al. Dapagliflozin in patients with chronic kidney disease. N Engl J Med. 2020;383(15):1436-46.

Hundemer GL, Vaidya A. Primary aldosteronism diagnosis and management: a clinical approach. Endocrinol Metab Clin North Am. 2019;48(4):681-700.

Allen J, Gay B, Crebolder H, Heyrman J, Svab I, Ram P, et al. A definição Europeia de medicina geral e familiar (clínica geral/medicina familiar) [The European definition of family medicine (general practice/family medicine)]. Rev Port Clin Geral. 2005;21(5):511-6. Portuguese

Downloads

Publicado

22-12-2023

Como Citar

Hiperaldosteronismo primário: um relato de caso. (2023). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 39(6), 588-91. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i6.13792