Análise da exposição tabágica no domicílio e suas repercussões respiratórias em crianças do ensino básico da cidade de Braga
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i6.10423Palavras-chave:
Tabagismo no Domicílio, Exposição Tabágica, Crianças, Função Respiratória, BragaResumo
Objectivos: Analisar o grau de exposição tabágica no domicílio e sua relação com a sintomatologia, patologia e função respiratórias em crianças dos 8 aos 10 anos. Métodos: Estudo observacional, transversal, analítico em crianças com idades compreendidas entre os 8 e 10 anos que frequentam o ensino básico na cidade de Braga no ano lectivo de 2006/2007. Foi seleccionada uma amostra de conveniência. As fontes de informação foram os pais/representante legal, através do preenchimento de um questionário relativo aos hábitos tabágicos do agregado familiar e aos sintomas/diagnósticos respiratórios dos respectivos educandos e, ainda, as crianças, às quais foi solicitada a realização de espirometrias, registando-se os valores de FEV1, FVC, FEF25, FEF50, FEF25-75 e razão FEV1/FVC. Resultados: Do total de 105 crianças estudadas, 47,6% apresenta registo de, pelo menos, um elemento do agregado familiar fumador. Relativamente às crianças com exposição tabágica, 87,5% apresenta tosse e expectoração, 53,8% pelo menos um sintoma característico de asma e 69,0% sintomas de rinite. Dos doentes com o diagnóstico de bronquite, asma e rinite, há registo de exposição tabágica em 100%, 33,3% e 72,7%, respectivamente. As crianças expostas obtiveram valores de FEV1, FEF25, FEF50, FEF25-75 e razão FEV1/FVC inferiores, comparativamente às crianças sem exposição tabágica, e apresentaram uma tendência decrescente de todos os valores espirométricos com o aumento da quantidade de exposição. Conclusões: A exposição passiva ao fumo do tabaco atinge dimensões preocupantes, assumindo-se como um problema com particular impacto em crianças, estando implicada no desenvolvimento de alterações respiratórias. Assim, é necessário envidar esforços adaptados à realidade sociocultural desta região, no sentido de minimizar esta exposição e suas repercussões, sendo fundamental uma intervenção a nível familiar, com o desenvolvimento de estratégias que permitam envolver os pais na Promoção e Educação para a saúde.Downloads
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