Análise da exposição tabágica no domicílio e suas repercussões respiratórias em crianças do ensino básico da cidade de Braga

Autores

  • Cláudia Bulhões Estudante do 6º ano da Licenciatura em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho; Monitora da área científica Saúde Comunitária da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
  • Cristina Nogueira-Silva Estudante do 6º ano da Licenciatura em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho; Monitora na área curricular Sistemas Orgânicos e Funcionais da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
  • Daniela Ferreira Estudante do 6º ano da Licenciatura em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
  • Maria João Magalhães Estudante do 6º ano da Licenciatura em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
  • Vânia Peixoto Estudante do 6º ano da Licenciatura em Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i6.10423

Palavras-chave:

Tabagismo no Domicílio, Exposição Tabágica, Crianças, Função Respiratória, Braga

Resumo

Objectivos: Analisar o grau de exposição tabágica no domicílio e sua relação com a sintomatologia, patologia e função respiratórias em crianças dos 8 aos 10 anos. Métodos: Estudo observacional, transversal, analítico em crianças com idades compreendidas entre os 8 e 10 anos que frequentam o ensino básico na cidade de Braga no ano lectivo de 2006/2007. Foi seleccionada uma amostra de conveniência. As fontes de informação foram os pais/representante legal, através do preenchimento de um questionário relativo aos hábitos tabágicos do agregado familiar e aos sintomas/diagnósticos respiratórios dos respectivos educandos e, ainda, as crianças, às quais foi solicitada a realização de espirometrias, registando-se os valores de FEV1, FVC, FEF25, FEF50, FEF25-75 e razão FEV1/FVC. Resultados: Do total de 105 crianças estudadas, 47,6% apresenta registo de, pelo menos, um elemento do agregado familiar fumador. Relativamente às crianças com exposição tabágica, 87,5% apresenta tosse e expectoração, 53,8% pelo menos um sintoma característico de asma e 69,0% sintomas de rinite. Dos doentes com o diagnóstico de bronquite, asma e rinite, há registo de exposição tabágica em 100%, 33,3% e 72,7%, respectivamente. As crianças expostas obtiveram valores de FEV1, FEF25, FEF50, FEF25-75 e razão FEV1/FVC inferiores, comparativamente às crianças sem exposição tabágica, e apresentaram uma tendência decrescente de todos os valores espirométricos com o aumento da quantidade de exposição. Conclusões: A exposição passiva ao fumo do tabaco atinge dimensões preocupantes, assumindo-se como um problema com particular impacto em crianças, estando implicada no desenvolvimento de alterações respiratórias. Assim, é necessário envidar esforços adaptados à realidade sociocultural desta região, no sentido de minimizar esta exposição e suas repercussões, sendo fundamental uma intervenção a nível familiar, com o desenvolvimento de estratégias que permitam envolver os pais na Promoção e Educação para a saúde.

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Publicado

01-11-2007

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Análise da exposição tabágica no domicílio e suas repercussões respiratórias em crianças do ensino básico da cidade de Braga. (2007). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 23(6), 673-84. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v23i6.10423

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