Porque estudar a morte? - Uma análise de oito anos
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i3.10855Palavras-chave:
Causas de Mortalidade, Registo dos Óbitos, Cuidados de Saúde PrimáriosResumo
Objectivo: Analisar as causas de morte numa lista de utentes e factores associados. Tipo de Estudo: Descritivo Local: USF Horizonte, Matosinhos. População: Utentes inscritos na lista de uma médica de família entre 2000 e 2007. Métodos: Estudaram-se os óbitos ocorridos na lista de uma médica de família em 8 anos. Os dados foram colhidos pela consulta do processo clínico e programas informáticos SAM®, SAPE® e Piloto32®. Avaliaram-se variáveis sociodemográficas e relacionadas com o óbito. Realizou-se uma análise descritiva através do software Excel. Resultados: Em oito anos, há registo de terem morrido 106 utentes, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 8,7 utentes/ano. Dos óbitos registados, 62,2% dos doentes eram homens e a média de idades era de 71,6 anos. A maioria era reformada (79,2%), casada (50,9%) e apresentava limitação para actividades da vida diária (58,4%). Dos doentes falecidos, 53,1% morreram no hospital, 40,8% no domicílio e 7,6% em local desconhecido. O cuidador foi identificado em 90,6% dos casos, sendo um familiar em 55,7%. A causa de morte era desconhecida em 8,5% dos óbitos e 47,4% resultaram de neoplasias. Conclusões: Os resultados revelam fragilidades na notificação e registo de informação sobre a morte dos doentes. Os dados demográficos foram semelhantes a outros estudos, bem como a distribuição dos cuidadores entre familiares/não familiares. A idade média de morte foi inferior à encontrada em Barcelona e Israel. A maior diferença entre os resultados apresentados e a literatura residiu nas causas de morte que, nesta lista, não são as doenças cardiovasculares.Downloads
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