Arando na profilaxia das infecções urinárias recorrentes: Revisão baseada na evidência
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i5.10888Palavras-chave:
Arando, Infecções do tracto urinário, Vaccinium macrocarponResumo
Introdução: As infecções urinárias recorrentes têm um grande impacto em termos de morbilidade e custos em saúde. A emergente resistência aos antibióticos acentua a necessidade de terapêuticas profilácticas alternativas. Objectivo: Rever a evidência disponível sobre a eficácia do arando na profilaxia das infecções não complicadas do tracto urinário em mulheres adultas. Fontes de dados: Base de dados MEDLINE e sítios de Medicina Baseada na Evidência (UpToDate, Clinical Evidence, Bandolier, EBM Online, ACP Journal Club, TRIP Database, InfoPOEMs, The Cochrane Library, DARE, Guidelines Finder, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association Infobase, USPSTF, NICE e Canadian Task Force on Preventive Health Care). Métodos de revisão: Pesquisa de sistemas, meta-análises, revisões sistemáticas, normas de orientação clínica e ensaios clínicos aleatorizados e controlados, publicados entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2010, em inglês, português e espanhol. Foram utilizados os termos MeSH, vaccinium macrocarpon e urinary tract infections, e a palavra cranberry. Para avaliação da qualidade dos estudos e força de recomendação foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy da American Family Physician. Resultados: Foram obtidos 127 artigos, dos quais nove cumpriam os critérios de inclusão: um sistema, três revisões sistemáticas, quatro normas de orientação clínica e um ensaio clínico. O arando, nas suas diferentes formas, parece ser eficaz na redução da recorrência das infecções urinárias em mulheres adultas sem patologias associadas. Conclusões: A evidência disponível demonstrou que o arando apresenta benefício na profilaxia das infecções urinárias recorrentes (Força de Recomendação B). Contudo, a sua recomendação está limitada pela heterogeneidade do desenho dos estudos e pela falta de consenso relativamente à dosagem e formulação a utilizar. São, por isso, necessários estudos de qualidade, que avaliem a segurança e tolerabilidade, bem como a posologia e a formulação mais adequadas.Downloads
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