DPOC na população sob vigilância pela rede Médicos Sentinela de 2007 a 2009

Autores

  • Dânia Ferreira Médica Interna de Ginecologia-Obstetrícia no Centro Hospitalar do Alto Ave - Guimarães; Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
  • Alexandra Pina Médica Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Horizonte, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Ana Margarida Cruz Médica de Família, Unidade de Saúde Familiar Bom Porto, Agrupamento de Centros de Saúde Porto Ocidental
  • Ana Raquel Figueiredo Médica Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Horizonte, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Clara Pinto Ferreira Médica Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Horizonte, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Joana Melo Cabrita Médica de Família na Unidade de Saúde Familiar Caravela, Unidade Local de Saúde de Matosinhos
  • Jaime Correia De Sousa Professor Auxiliar Convidado, Instituto Ciências Vida e da Saúde (ICVS), Escola de Ciências da Saúde, Universidade Minho e ICVS/3B´s Laboratório Associado; Médico Família, USF Horizonte, Unidade Saúde de Matosinhos

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i4.10953

Palavras-chave:

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Incidência, Vigilância Sentinela, Epidemiologia

Resumo

Objetivos: Quantificar as consultas relacionadas com DPOC dos utentes inscritos em Médicos Sentinela (MS) entre 2007 e 2009, avaliar os principais motivos de consulta relacionadas com DPOC e estimar a incidência da doença nessa população e caraterizar a terapêutica utilizada na DPOC pelos MS. Tipo de estudo: Coorte dinâmica. Local: Multicêntrico. População: Utentes com idade igual ou superior a 45 anos inscritos nas listas dos MS de 2007 a 2009. Métodos: Análise das consultas relacionadas com DPOC durante o período referido quanto à frequência e motivos de consulta e ao tratamento farmacológico instituído. Cálculo da taxa de incidência e extrapolação para a população portuguesa. Utilização dos testes qui-quadrado (comparação de proporções) e t-student (comparação de médias). Resultados: No conjunto dos três anos, a população sob observação na Rede Sentinela foi de 106.953 indivíduos. Foram notificadas 2.916 consultas relacionadas com DPOC (62,5% no sexo masculino), e 173 novos casos com idade igual ou superior a 45 anos (59,5% no sexo masculino), com média de idades de 66,9 anos, sem diferença significativa relativamente à idade entre os sexos. Calculou-se uma taxa de incidência média anual de 161,8/100.000 (IC 95%: 139,4-87,7/100.000), superior no sexo masculino. Os principais motivos de consulta notificados foram: renovação de medicação (61,9%), consultas de seguimento (22,9%) e exacerbação de sintomas (15,6%). Foi prescrita medicação em 87,3% das consultas, com predomínio de fármacos broncodi-latadores de uso inalatório: anticolinérgicos (25,1%) e adrenérgicos (20,3%). Conclusões: A frequência de consultas e taxa de incidência foram maiores no sexo masculino, estando o valor obtido desta última aquém do esperado, presumivelmente pelo subdiagnóstico da doença e pela exclusão dos doentes que não frequentam as consultas dos CSP. O padrão de prescrição foi concordante com as recomendações da Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2012-07-01

Como Citar

Ferreira, D., Pina, A., Cruz, A. M., Figueiredo, A. R., Ferreira, C. P., Cabrita, J. M., & Sousa, J. C. D. (2012). DPOC na população sob vigilância pela rede Médicos Sentinela de 2007 a 2009. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 28(4), 250–60. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i4.10953

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 > >>