Síndroma do desconforto corporal: unir o que a especialização separou

Autores

  • José M. Mendes Nunes Departamento de Medicina Geral e Familiar, Universidade Nova de Lisboa. USF de Carcavelos, ACeS de Cascais

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i4.12230

Palavras-chave:

Síndromas somáticas funcionais, Sintomas somatoformes, Síndroma de desconforto corporal

Resumo

O autor defende o conceito de síndroma de desconforto corporal (bodily distress syndrome) como entidade unificadora das síndromas somáticas e sintomas somatoformes cujos doentes apresentam características fisiológicas, cognitivas e comportamentais que exigem uma abordagem integrada e global. Estamos perante um conceito integrador de uma multiplicidade de pseudodiagnósticos que são efeitos colaterais da especialização médica. Operacionaliza a abordagem de doentes que, paradoxalmente, sendo dos que mais precisam de uma visão holística e integrada são os mais sectorizados e desintegrados pela abordagem das múltiplas especialidades médicas, que se limitam a adicionar rótulos que apenas contribuem para reduzir a perceção de saúde do paciente. A síndroma de desconforto corporal (SDC) assume a complexidade destes sintomas, recusa a dualidade mente-corpo e a definição pela negativa (ausência de explicação médica). Porque se trata de uma situação cuja abordagem integrada depende da relação médico-doente e da continuidade de cuidados, o médico de família é o principal responsável pela abordagem destes pacientes, sem prejuízo de episodicamente ter de recorrer a outras especialidades.

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Publicado

01-07-2017

Como Citar

Síndroma do desconforto corporal: unir o que a especialização separou. (2017). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 33(4), 299-303. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v33i4.12230

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