As metodologias qualitativas também devem ser medicina baseada na evidência

Autores

  • José M. Mendes Nunes Departamento de Medicina Geral e Familiar, NOVA Medical School / Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i2.13878

Palavras-chave:

Medicina baseada na evidência, Medicina centrada na pessoa, Comunicação em saúde, Métodos qualitativos, Ensino médico

Resumo

As classificações dos níveis de evidência científica preveem apenas as metodologias quantitativas; contudo, para o avanço da Medicina Centrada na Pessoa as metodologias qualitativas são incontornáveis. Mesmo que de um ponto de vista mais fundamentalista se diga que elas não gerem ciência, a verdade é que geram informação fundamental para a decisão clínica, socioeconómica e ensino. Neste sentido, propõe-se uma classificação dos níveis de probabilidade de evidência científica que inclua as metodologias qualitativas. Para além disso, o uso destas metodologias tem um valor acrescido na formação de especialidades cuja prática tem como núcleo central a comunicação e a relação terapêutica, de que a medicina geral e familiar é o expoente máximo.

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Publicado

30-04-2024

Como Citar

As metodologias qualitativas também devem ser medicina baseada na evidência. (2024). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 40(2), 184-7. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i2.13878