Qual o papel dos inibidores da 5α-redutase no tratamento da alopecia androgenética? Uma revisão baseada na evidência

Autores

  • Leonor Grijo USF Espaço Saúde - ACeS Porto Ocidental http://orcid.org/0000-0002-8222-6120
  • Sofia Cardoso USF Maresia - ULS Matosinhos
  • Liliana Beirão USF Espaço Saúde - ACeS Porto Ocidental

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i2.12598

Palavras-chave:

Alopécia, Inibidores da 5?-redutase

Resumo

Introdução: A alopécia androgenética é a forma mais comum de alopécia. Para o seu surgimento contribuem tanto fatores genéticos como hormonais - estes últimos mediados pela diidrotestosterona (DHT), formada a partir da testosterona numa reação catalizada pela enzima 5α-redutase. Alguns estudos têm demonstrado benefício dos inibidores da 5α-redutase no tratamento da alopécia androgenética.

Objetivo: Determinar a evidência do efeito dos inibidores da 5α-redutase no tratamento da alopécia androgenética em indivíduos adultos.

Métodos: Em março de 2019 foi realizada uma pesquisa bibliográfica de Normas de Orientação Clínica (NOC), Meta-Análises (MA), Revisões Sistemáticas (RS) e Ensaios Clínicos Aleatorizados (ECA’s) na Medline e sites médicos baseados na Evidência, publicados entre 1/1/2009 e 8/3/2019, em língua portuguesa, inglesa e espanhola, utilizando os termos MESH “Alopecia” e “5-alpha reductase inhibitors”. Para atribuição de força de recomendação (FR) e de níveis de evidência (NE) foi utilizada a escala Strengh of Recomendation Taxonomy (SORT), da American Family Physician.

Resultados: Obtiveram-se 91 artigos, dos quais 5 cumpriam os critérios de inclusão: 4 MA e 1 RS. Globalmente os estudos parecem mostrar que os inibidores da 5α-redutase são eficazes no tratamento da alopecia, sendo de uma forma geral superiores ao placebo.

Conclusões: Conclui-se os inibidores da 5α-redutase poderão ser efetivos no tratamento da alopécia androgenética e com uma FR B (SORT). ECA’s futuros são necessários para esclarecer se existe um fármaco preferencial dentro desta classe, bem como a dose e duração que permita ao indivíduo ter o maior benefício com o menor risco de efeitos adversos. É necessário ainda clarificar se o benefício da terapêutica é igual nos dois sexos.

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Biografias Autor

Leonor Grijo, USF Espaço Saúde - ACeS Porto Ocidental

Médica Interna de Medicina Geral e Familiar

Sofia Cardoso, USF Maresia - ULS Matosinhos

Médica Interna de Medicina Geral e Familiar

Liliana Beirão, USF Espaço Saúde - ACeS Porto Ocidental

Médica Interna de Medicina Geral e Familiar

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Publicado

2020-04-29

Como Citar

Grijo, L., Cardoso, S., & Beirão, L. (2020). Qual o papel dos inibidores da 5α-redutase no tratamento da alopecia androgenética? Uma revisão baseada na evidência. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 36(2), 135–43. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i2.12598