Avaliação da qualidade de relação médico-doente no Nordeste Transmontano
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i3.13490Palavras-chave:
Empatia, Relação médico-doente, Comunicação em MGF, Abordagem holística, Medicina geral e familiarResumo
Introdução: O médico de família desenvolve uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a família e a comunidade em que se insere, sendo a empatia a chave-mestra desta relação.
Objetivos: Compreender a relação médico-doente no contexto dos cuidados de saúde primários (CSP) do Nordeste Transmontano.
Métodos: Foi realizado um estudo descritivo com uma amostra de utentes de CSP. Os dados demográficos (sexo biológico – classificação binária, idade, concelho de residência e escolaridade), perguntas acerca da perceção dos CSP e a aplicação da Escala de Empatia de Jefferson (JSPPPE-VP) foram recolhidos através de uma plataforma online, recorrendo à divulgação pelas redes sociais, e em formato físico nos CSP da Unidade Local de Saúde do Nordeste. A análise estatística descritiva foi realizada com recurso ao software IBM SPSS® Statistics.
Resultados: A amostra incluiu 584 indivíduos (idade mediana: 45 anos), maioritariamente mulheres (67,47%), com um nível de escolaridade não graduado (57,71%). A maioria dos inquiridos (75,51%) revela que o seu médico de família é a primeira pessoa a quem recorrem quando têm um problema de saúde, considerando que este tem as capacidades necessárias para a melhor orientação dos seus problemas de saúde (69,52%). Relativamente à acessibilidade, 61,30% e 60,96% considera, respetivamente, que o acesso à marcação de consulta e esclarecimento de dúvidas pontuais é fácil. Dos inquiridos, 22,95% discorda do tempo médio de consulta praticado (20 minutos), defendendo uma duração de 30 minutos. Quando aplicada a JSPPPE-VP, cerca de 50,00% dos indivíduos responderam que estão bastante ou totalmente de acordo com as afirmações que se encontram ao longo de toda a escala.
Conclusões: A amostra obtida revela uma satisfação global relativamente à prestação, acessibilidade e qualidade dos serviços, bem como à duração da consulta. Além disso, pode-se concluir que existe uma elevada satisfação com a empatia do médico de família.
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