Fontes de informação sobre medicamentos em Clínica Geral/Medicina Geral e Familiar
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i6.10302Palabras clave:
Farmacoepidemiologia, Farmacoeconomia, Medicamentos, Informação sobre Medicamentos, Clínica GeralResumen
Objectivo: Conhecer as fontes de informação sobre medicamentos dos Médicos de Clínica Geral da Região Centro de Portugal. Metodologia: Estudo observacional, transversal, pela aplicação de questionário sobre o tema aos médicos de uma amostra representativa dos Centros de Saúde da ARS do Centro, obtida pela aleatorização de 50% dos Centros de Saúde de cada Sub-região de Saúde. Resultados: Responderam 51 Centros de Saúde (49,5% do universo dos Centros de Saúde), num total de médicos n=317 (17,7% do total). Citadas como mais vezes acedidas do que não acedidas, por ordem decrescente: Revistas (49%), Livros de Texto (45%), Indústria Farmacêutica (44,4%), Simposium Terapêutico (42,4%), Prontuário Terapêutico (38,6%), Resumo de Características dos Medicamentos (38,3%), Informação em Congresso (37,7%), informação por perito médico externo ao Centro de Saúde (14,6%), Pesquisa na Internet (11,1%) e Colega do Centro de Saúde (6,6%). Para n=114 não há reuniões no Centro de Saúde para debate da terapêutica e para n=227 (72,7%) não é sentida necessidade de regulares contactos com farmacêuticos para debate da terapêutica dos pacientes. Discussão: Apesar dos vieses como de voluntarismo, de memória e da altura de lançamento, obteve-se uma amostra representativa do Universo em estudo. Tal como em outros estudos, os médicos utilizam muito as fontes bibliográficas, apesar de dever ser discutida a qualidade de tais fontes. É importante verificar que o acesso aos instrumentos normalmente existentes no gabinete médico (Simposium Terapêutico, Prontuário e RCM) vêm na ordenação de maior acesso, em 4º, 5º e 6º lugares. O acesso a suportes informáticos via web parece ser muito pouco respondido. A discussão de casos clínicos, com acessória formação sobre medicamentos, em reuniões de Centro de Saúde, não é julgada existente para 35,9% dos inquiridos. Para aqueles que consideram existir tais reuniões de serviço, 36,9% julgam terem um carácter periódico, referindo 60,1% dos respondentes ter um carácter esporádico. Conclusões: Os resultados obtidos permitem concluir que: As fontes de informação isentas sobre medicamentos - Prontuário e RCM - não são as mais acedidas, devendo ser discutida a qualidade das revistas e livros de texto acedidos. Nos Centros de Saúde há necessidade de incrementar mais periódicas reuniões para debate/discussão da farmacoterapêutica. Não é julgado necessário o contacto com farmacêuticos para debate da terapêutica dos pacientes.Descargas
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