Referenciação à urgência pediátrica do Hospital S. Teotónio - Viseu
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v24i6.10565Palabras clave:
Referenciação, Urgência Pediátrica, Cuidados de Saúde PrimáriosResumen
Introdução: Os Serviços de Urgência (SU) estão pensados para proporcionar assistência médica à emergência/urgência e a prestar cuidados aos doentes a ela referenciados, ficando a cargo do médico dos Cuidados de Saúde Primários o seguimento regular da criança saudável, bem como o seu encaminhamento, orientação e resolução correcta das situações não urgentes. Objectivos: Caracterizar a população referenciada à Urgência Pediátrica (UP) a partir dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), identificar os motivos de referenciação à UP, caracterizar a adequação da referenciação, identificar as atitudes em meio hospitalar (diagnósticas e terapêuticas), e avaliar o destino e orientação após a alta. Tipo, Local e População de estudo: Estudo descritivo transversal. Incluiu todas as crianças referenciadas a partir dos Centros de Saúde para a Urgência Pediátrica do HST- Viseu durante o mês de Outubro de 2007, num total de 459 crianças. Métodos: A referenciação foi considerada adequada quando cumpria pelo menos um dos seguintes critérios: realização de exames complementares na UP; necessidade de tratamento em meio hospitalar, de observação por outra especialidade que não a Pediatria ou de Internamento. Os dados foram colhidos a partir das cartas dos médicos de família, fichas de urgência e processos clínicos hospitalares. Resultados: O sexo masculino foi mais referenciado à Urgência Pediátrica (52,51%) que o sexo feminino (47,49%). Predominam as crianças com idades compreendidas entre os um e quatro anos (29,63%). O principal motivo de envio foi o traumatismo (102), seguido da patologia gastrointestinal (GI) (69).A maioria das crianças foi admitida na UP entre as 16 e 20h (37,29%), seguido do período entre as 20 e as 24h (28,27%). Foram realizados exames imagiológicos em 175 crianças (38,13%) e foram observadas 312 (67,97%) apenas pelo pediatra. Não houve necessidade de tratamento em 66,23% das referenciações. Foram internadas nove das crianças. A referenciação foi considerada inadequada em 20,92% dos casos. Conclusões: Sugere-se o seguimento das orientações técnicas da Direcção-Geral da Saúde para as patologias mais frequentes da idade pediátrica, de modo a melhorar a referenciação. É essencial a comunicação entre os dois níveis de Cuidados: Primários e Secundários, para haver uma melhor articulação entre os mesmos.Descargas
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