O papel do médico de família no diagnóstico e seguimento dos doentes com declínio cognitivo e demência

Autores/as

  • Rui Pereira Alves Médico de Família, Centro de Saúde de Sete Rios
  • Ana Isabel Caetano Médica Interna de Medicina Geral e Familiar, Centro de Saúde de Sete Rios

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i1.10715

Palabras clave:

Demência, Cuidados Primários, Cuidadores, Tratamento

Resumen

Com o crescimento da população idosa assiste-se a um aumento da prevalência de patologias comuns neste grupo, em especial a demência. Estima-se que a prevalência da demência na população da Europa Ocidental acima dos 60 anos seja 7,2%. A entrevista clínica ao doente, familiares e cuidadores visa a procura de alterações cognitivas e suas consequências no dia-a-dia do doente, assim como a pesquisa de sintomas que orientem para determinada etiologia da doença. Na entrevista clínica podemos utilizar testes pré-definidos como o Mini Mental State Examination que avalia o estado mental do doente, e o questionário sobre actividades funcionais para avaliar as repercussões funcionais na vida do doente. O pedido de exames auxiliares de diagnóstico deve ser criterioso e orientado pela entrevista clínica e exame objectivo. A referenciação para os cuidados secundários de saúde é importante para se estabelecer o diagnóstico e planear a terapêutica. Deve ser mantida uma boa comunicação entre os vários intervenientes, de forma a podermos acompanhar e gerir o plano terapêutico. Deve ser dada especial atenção aos familiares e cuidadores destes doentes, uma vez que estes apresentam um risco aumentado de determinadas patologias, como a depressão. Um correcto e rápido diagnóstico das causas de demência, uma atempada referenciação e uma abordagem pluridisciplinar, focada no próprio, na doença e na família, permitem uma melhor gestão do doente com demência.

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Publicado

2010-01-01

Cómo citar

O papel do médico de família no diagnóstico e seguimento dos doentes com declínio cognitivo e demência. (2010). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 26(1), 69-74. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i1.10715