Os médicos de família das regiões de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve vacinam-se contra a gripe sazonal? Porque sim ou porque não?
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v26i2.10726Palabras clave:
Gripe, Humana, Vacina Contra a Gripe, Médico de Família, Atitudes dos Profissionais de SaúdeResumen
Objectivos: Determinar a proporção de vacinação contra a gripe nos médicos de família / clínicos gerais e caracterizar os motivos para a sua realização. Tipo de estudo: Estudo observacional descritivo transversal. Local: Centros de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. População: Médicos de família ou clínicos gerais exercendo actividade assistencial no último trimestre de 2008, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Métodos: Amostra aleatória simples. Foi elaborado um questionário a partir da literatura sobre atitudes face à vacinação anti-gripal em profissionais de saúde, enviado por via postal. Calculou-se a estimativa intervalar, com nível de significância de 95%, para a proporção de vacinação e para cada motivo. Resultados: Dos 530 questionários enviados, obteve-se uma taxa de resposta de 42%. Foram excluídos 28% dos questionários por preenchimento incompleto. Estimou-se uma proporção de vacinação de 62% (IC 95: 55-68%). Os motivos que mais frequentemente justificaram a decisão de vacinação foram a protecção individual (100%, IC95 96-100%), a protecção do doente (83% IC95 75-89%), as recomendações internacionais e da Direcção-Geral da Saúde (81%, IC95 74-89%) e ter sido vacinado em anos anteriores (71%, IC95 61-79%). No grupo dos não vacinados, o motivo mais frequente foi o facto de a gripe ser uma doença benigna e autolimitada (81%, IC95 49-89%). Os restantes motivos foram menos apontados. Conclusões: Encontrou-se uma proporção de vacinação superior à descrita na literatura. Os motivos mais importantes para a vacinação são concordantes com os encontrados na literatura, sendo a única excepção o peso atribuído às recomendações das sociedades científicas no sentido da vacinação. Nos médicos de família não vacinados, a convicção de que a gripe é uma doença benigna tem uma expressão maior que noutros estudos. A abordagem desta convicção poderá ser um ponto de partida para posteriores intervenções destinadas a aumentar a taxa de vacinação nesta população.Descargas
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