Detecção precoce de neoplasias cutâneas em cuidados de saúde primários - Relato de uma experiência
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i4.10874Palabras clave:
Procedimentos Cirúrgicos Menores, Neoplasias CutâneasResumen
Introdução: As neoplasias cutâneas são frequentes em Portugal. Estima-se para o melanoma uma incidência de 8/100.000 hab/ano e para os epiteliomas uma incidência de 100/100.000 hab/ano. A incidência do melanoma tem aumentado em 6 a 7% ao ano. Vinte por cento dos doentes com melanoma morrerão da doença e metade destes com menos de 40 anos. Este aumento deve-se não só ao surgimento de novos casos, mas também à maior procura de serviços. Metodologia: Este trabalho relata uma experiência ao longo de 22 meses (Julho/2008 a Maio/2010) de exérese de lesões cutâneas com recurso a procedimentos invasivos mínimos. Foram intervencionados 282 utentes, dos quais 164 (58%) do sexo feminino, incluídos em todas as faixas etárias. Resultados: Foram realizados 341 procedimentos, dos quais 170 (49,8%) com recurso a exame histológico para confirmação diagnóstica. As lesões mais comuns foram: quisto epidérmico, nevo melanocítico dérmico e nevo melanocítico composto. Foram também identificadas as seguintes lesões pré-malignas: queratose solar actínica, corno cutâneo, lesão induzida por HPV, nevo melanocítico atípico e nevo melanocítico congénito. Além disso, encontraram-se as seguintes lesões malignas: carcinoma espino-celular in situ, carcinoma baso-celular e melanomas. Em todos os casos de lesões pré-malignas foi confirmada histologicamente a exérese com margens livres e todos os casos de lesões malignas foram encaminhados aos cuidados secundários. Discussão: Esta experiência mostra que é possível estender a detecção precoce e o tratamento do cancro cutâneo aos cuidados de saúde primários. A relação de proximidade deste serviço foi muito bem aceite pelos utentes, pois encurtou distâncias e tempos de espera. Será de considerar no futuro o estudo do custo-eficácia e impacto na saúde da população.Descargas
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