Estudo de microcitose numa população jovem adulta assintomática
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v27i6.10899Palabras clave:
Índices de Eritrócitos, Talassémia, HemoglobinopatiasResumen
Objectivo: Quantificar e identificar as causas de microcitose de uma população jovem adulta assintomática. População e Métodos: Foram estudados 2558 jovens candidatos a ingressar no Exército Português e previamente apurados nas provas físicas exigidas para o efeito. No grupo que apresentou volume globular médio inferior a 80fL (microcitose) foi efectuado doseamento de ferro, de ferritina e electroforese capilar de hemoglobina. Os casos foram agrupados de acordo com as possíveis causas de microcitose. Fez-se o levantamento do local de nascimento e residência. Foi aplicada estatística descritiva com o software SPSS. Resultados: A prevalência de microcitose foi de 3,2% (N=81). Foram identificados quatro grupos. Grupo I (N=12, 15%), dez portadores de hemoglobina S (70% de Lisboa e Setúbal), um portador de hemoglobina C (de Lisboa) e um portador de hemoglobina Lepore (de Santarém). Grupo II (N=16, 20%), portadores heterozigóticos de ß-talassémia, a maior parte proveniente de Faro. Grupo III (N=21, 26%), maioritariamente de Lisboa, com valores de ferritina inferiores a 15ng/mL e caracterizados por anemia ferropénica. Grupo IV (N=32, 40%), com valores normais de ferro, ferritina e electroforese de hemoglobina, suspeitos de serem portadores de a-talassémia, maioritariamente de Lisboa. Conclusão: A avaliação da microcitose nesta população jovem adulta assintomática, feita a partir de uma metodologia simples e pouco dispendiosa, foi suficientemente robusta e capaz de identificar anomalias genéticas e carenciais. Contribuiu-se para um melhor conhecimento epidemiológico e atuação no sentido de se instituírem medidas preventivas e promotoras de saúde como sejam o aconselhamento e a orientação genética.Descargas
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