Neuropatia induzida pelo tratamento: uma complicação iatrogénica da diabetes
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i5.11953Resumen
Introdução: A neuropatia induzida pelo tratamento da diabetes, até agora denominada neurite insulínica, é uma neuropatia aguda, que surge em doentes diabéticos quando são submetidos a um controlo glicémico estrito num curto espaço de tempo.
Descrição do caso: Mulher de 66 anos de idade com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 desde 1990 com nefropatia e retinopatia como complicações e mau controlo glicémico. Apresentava, ainda, como problemas de saúde ativos hipertensão arterial e dislipidémia, sem outros antecedentes relevantes. Em junho de 2016 foi introduzida insulina isofânica com vista a alcançar um melhor controlo glicémico. Duas semanas depois recorre a consulta por hipersudorese intensa, náuseas, tonturas e sensação de desmaio quer em períodos pré como pós-prandiais, o que foi interpretado como um quadro de possíveis hipoglicemias. Uma semana depois recorreu, novamente, a consulta com queixas de parestesias e disestesias dos membros inferiores e manutenção dos sintomas autonómicos. Pelo exame físico, encontraram-se achados compatíveis com neuropatia periférica e, pela consulta do processo clínico, verificou-se uma descida da hemoglobina glicada de 2,1% em 3 meses. Perante este quadro, a doente foi medicada com pregabalina em doses crescentes para alívio sintomático e explicado o carácter reversível desta situação. Na consulta de vigilância, realizada em setembro, a doente encontrava-se assintomática sem medicação analgésica.
Comentário: Este caso permite relembrar esta entidade, muitas vezes, confundida com neuropatia diabética e alertar para o potencial iatrogénico de um regime terapêutico intensivo num curto espaço de tempo.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.