Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i6.12116Resumen
A candidíase vulvovaginal constitui uma das formas mais comuns de infeção genital feminina, afetando 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida. Está associada a um desequilíbrio da microflora vaginal por consequente alteração quantitativa e/ou qualitativa dos Lactobacillus e sobrecrescimento de outros comensais da mucosa vaginal, nomeadamente a Candida albicans. Os probióticos, que contêm Lactobacillus, são frequentemente usados no tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal.
O objetivo desta revisão é determinar, à luz da evidência atual, se os probióticos contribuem para prevenção e tratamento de mulheres com candidíase vulvovaginal.
Foi feita uma pesquisa de normas de orientação clínica, meta-análises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos aleatorizados, publicados entre março 2007 e março de 2017, nas línguas portuguesa e inglesa. Na pesquisa foram utilizados os termos MeSH “candidiasis vulvovaginal” e “probiotics”. Para a avaliação dos níveis de evidência e atribuição das forças de recomendação utilizou-se a escala Strength of Recommendation Taxonomy.
Da pesquisa efetuada resultaram 22 artigos, dos quais três foram incluídos. Os restantes foram excluídos por não cumprirem os critérios de inclusão, por repetição ou não estarem acessíveis.
Duas normas de orientação clínica concluíram que não está recomendado o uso de probióticos no tratamento e/ou prevenção da candidíase vulvovaginal, ambas com força de recomendação A. Em contrapartida, uma revisão sistemática de 2016 concluiu que o uso de probióticos não é eficaz no tratamento da candidíase vulvovaginal, mas na redução da recorrência da doença, com força de evidência B.
Da análise dos artigos selecionados concluiu-se não existir evidência do tratamento com probióticos na candidíase vulvovaginal aguda, mas apenas na prevenção da recorrência (Força de Recomendação B). Considera-se que são necessários mais estudos nesta área, de elevada qualidade, que suportem a evidência encontrada na formulação das recomendações.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.