PRACI: Perceção dos utentes sobre antibioterapia, Resistência a Antimicrobianos e Controlo de Infeção
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i5.12630Palabras clave:
resistência a antimicrobianos, antibióticos, controlo de infecção, literacia em saúdeResumen
Objectivo: Caracterizar os conhecimentos dos utentes sobre práticas inerentes à antibioterapia, concetualização de resistência a antimicrobianos (RAM), controlo de infeção e averiguar a existência de relação entre a informação sobre RAM e restantes variáveis.
Tipo de estudo: Estudo observacional, transversal e analítico.
Local: USF Viver Mais.
População: Utentes inscritos na USF Viver Mais com 18-69 anos (n=6952).
Métodos: Questionário anónimo aplicado a uma amostra de 365 utentes. Incluiu variáveis demográficas como idade, sexo e escolaridade, presentes na Parte I, e 15 perguntas de escolha simples na Parte II.
Resultados: Houve maior representatividade do sexo feminino (61,9%), do grupo com 45-54 anos e escolaridade ≥ 12º ano. A maioria reconheceu o papel dos antimicrobianos (AB) nas infeções víricas e mais de 70% identificou os AB como fármacos anti-piréticos e anti-inflamatórios. A principal indicação para AB foi a odinofagia duração ≥ 5 dias e aproximadamente 89% concordou em utilizar AB de familiares/amigos. Cerca de 50% considerou importante a higienização das mãos após contacto com uma instituição de saúde e 69,4% após contacto com secreções respiratórias. O reconhecimento do conceito da RAM constatou-se em 58,1% dos utentes, em que 50% a percecionou como problema pessoal e familiar. Mais de 88% concetualizou a RAM como uma falha de resposta do corpo aos AB.
Verificou-se relação entre a informação sobre RAM e escolaridade; conhecimento sobre o efeito do AB na flora autóctone; adequação dos AB à constipação, gripe e odinofagia; suspeição de necessidade de AB pelo doente; decisão de iniciar AB pelo médico e confiança no médico não-prescritor (p<0.05).
Conclusões: Em geral, os utentes demonstraram baixo conhecimento nas diversas áreas, apesar de sobreponível à literatura. Deste modo, o médico de família pode dirigir as suas ações para a informação adequada do conceito de RAM e implicações no ecossistema.Descargas
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