Nevralgia do trigémio atípica: um caso clínico
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i4.13137Palabras clave:
Nevralgia do trigémio, Meningioma, Carbamazepina, Relato de casoResumen
Introdução: A nevralgia do trigémio consiste numa dor muito intensa, com início súbito e de curta duração, espoletada por estímulos inócuos. No entanto, pode manifestar-se inicialmente de forma atípica tornando o seu diagnóstico mais difícil.
Descrição do caso: Relata-se um caso de uma mulher de 77 anos de idade com dor tipo moinha no maxilar superior direito, que motivou múltiplos contactos com os cuidados de saúde, tendo sido submetida a vários ciclos de antibioterapia e à extração de um dente, por suspeita inicial de patologia dentária. Posteriormente, a dor evoluiu para um padrão típico de nevralgia do trigémio, pelo que se assumiu este diagnóstico. Iniciou-se terapêutica para controlo da dor com carbamazepina e fez-se o estudo de causas secundárias, no qual foi identificado um meningioma no trajeto do nervo trigémio direito.
Comentário: As manifestações atípicas da nevralgia do trigémio podem levar a um atraso no diagnóstico desta patologia pelo que é importante ter um elevado nível de suspeição. A terapêutica sintomática deve ser iniciada aquando do diagnóstico e deve ser considerado um estudo de causas secundárias.
Descargas
Referencias
Zakrzewska JM, Linskey ME. Trigeminal neuralgia. BMJ. 2014;348:g474.
Von Eckardstein KL, Keil M, Rohde V. Unnecessary dental procedures as a consequence of trigeminal neuralgia. Neurosurg Rev. 2015;38(2):355-60.
Cruccu G. Trigeminal neuralgia. Continuum. 2017;23(2):396-420.
MacDonald BK, Cockerell OC, Sander JW, Shorvon SD. The incidence and lifetime prevalence of neurological disorders in a prospective community-based study in the UK. Brain. 2000;123(pt 4):665-76.
Katusic S, Williams DB, Beard CM, Bergstralh EJ, Kurland LT. Epidemiology and clinical features of idiopathic trigeminal neuralgia and glossopharyngeal neuralgia: similarities and differences, Rochester, Minnesota, 1945-1984. Neuroepidemiology. 1991;10(5-6):276-81.
Maarbjerg S, Gozalov A, Olesen J, Bendtsen L. Trigeminal neuralgia: a prospective systematic study of clinical characteristics in 158 patients. Headache. 2014;54(10):1574-82.
Katusic S, Beard CM, Bergstralh E, Kurland LT. Incidence and clinical features of trigeminal neuralgia, Rochester, Minnesota, 1945-1984. Ann Neurol. 1990;27(1):89-95.
Olesen J. Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS), The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia. 2018;38(1):1-211.
Cruccu G, Di Stefano G, Truini A. Trigeminal neuralgia. N Engl J Med. 2020;383(8):754-62.
Evans RW, Graff-Radford SB, Bassiur JP. Pretrigeminal neuralgia. Headache. 2005;45(3):242-4.
Fromm GH, Graff-Radford SB, Terrence CF, Sweet WH. Pre‐trigeminal neuralgia. Neurology. 1990;40(10):1493-5.
Wright E, Evans J. Oral pre-trigeminal neuralgia pain: clinical differential diagnosis and descriptive study results. Cranio. 2014;32(3):193-8.
Bendtsen L, Zakrzewska JM, Abbott J, Braschinsky M, Di Stefano G, Donnet A, et al. European Academy of Neurology guideline on trigeminal neuralgia. Eur J Neurol. 2019;26(6):831-49.
Maarbjerg S, Di Stefano G, Bendtsen L, Cruccu G. Trigeminal neuralgia: diagnosis and treatment. Cephalalgia. 2017;37(7):648-57.
Wang N, Osswald M. Meningiomas: overview and new directions in therapy. Semin Neurol. 2018;38(1):112-20.
Marosi C, Hassler M, Roessler K, Reni M, Sant M, Mazza E, et al. Meningioma. Crit Rev Oncol Hematol. 2008;67(2):153-71.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.