Fatores que influenciam a escolha do contracetivo na mulher
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13142Palabras clave:
Planeamento familiar, M´étodo contracetivo, Médico de família, Contraceção, Medicina geral e familiarResumen
Introdução: A escolha do método contracetivo da mulher em idade fértil é determinada por um conjunto de receios e condicionalismos.
Objetivos: Identificar fatores que condicionam a escolha do método contracetivo num grupo de mulheres em idade fértil e discutir possíveis estratégias a utilizar pelo médico de família, promovendo uma escolha esclarecida.
Métodos: Inicialmente realizou-se uma revisão da literatura, através de pesquisa na PubMed, circunscrita ao período entre 2010 e 2019, utilizando a equação: contraception OR family planning AND selection criteria. Posteriormente realizou-se um estudo observacional, descritivo, em setembro de 2019, em três USF da região centro de Portugal. As mulheres em idade fértil, com consulta programada de planeamento familiar, foram a população alvo. A amostra foi selecionada aleatoriamente (n=127). Responderam a um questionário que permitiu recolher dados pessoais, como idade, estado civil e número de partos e gravidezes, e a sua avaliação quantitativa relativamente a uma lista de fatores que poderiam influenciar a decisão sobre a escolha do método contracetivo.
Resultados: O contracetivo hormonal oral foi o método mais utilizado pelas participantes (57,5%), enquanto a segurança (78,7%) e a eficácia do método (78%) foram os fatores considerados mais importantes. Com menor destaque, as mulheres referiram: facilidade no uso/aplicação (59,8%), evitar perdas sanguíneas irregulares (55,9%), proteger contra doenças sexualmente transmissíveis (54,3%), acessibilidade (53,5%) e evitar efeitos colaterais (53,5%). Quanto à opinião de terceiros, apenas a opinião do médico foi considerada muito importante para 59,1% delas.
Conclusão: Este estudo permitiu identificar os fatores considerados relevantes para as mulheres em idade fértil no momento da escolha do seu contracetivo. Estes resultados poderão auxiliar os médicos de família a direcionar a sua abordagem, dando resposta às suas dúvidas e inquietações para que, posteriormente, estas possam decidir sobre o método a utilizar.
Descargas
Referencias
Pacheco A, Costa AR, Lanhoso A, Santos AT, Rodrigues C, Rebelo C, et al. Consenso sobre contraceção 2020 [Internet]. Lisboa: Sociedade Portuguesa da Contraceção; 2020. Available from: https://www.spdc.pt/images/SPDC_Consensos_2020_27Nov_Final_web_versao_livro_digital.pdf
Órfão A, Leça A, Henriques A, Calado B, Branco J, Vicente L, et al. Saúde reprodutiva, planeamento familiar. Lisboa: DGS; 2008.
Águas F, Bombas T, Silva DP. Avaliação das práticas contracetivas das mulheres em Portugal [Evaluation on portuguese women contraceptive practice]. Acta Obstet Ginecol Port. 2016;10(3):184-92. Portuguese
Penaforte MC, Silva LR, Esteves AP, Silva RF, Santos IM, Silva MD. Conhecimento, uso e escolha dos métodos contraceptivos por um grupo de mulheres de uma unidade básica de saúde em Teresópolis, RJ [Knowledge, use and choice of contraceptive methods by a group of women at a basic health unit in Teresópolis, RJ]. Cogitare Enferm. 2010;15(1):124-30. Portuguese
Halpern V, Lopez LM, Grimes DA, Stockton LL, Gallo MF. Strategies to improve adherence and acceptability of hormonal methods of contraception. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(10):CD004317.
Dehlendorf C, Henderson JT, Vittinghoff E, Grumbach K, Levy K, Schmittdiel J, et al. Association of the quality of interpersonal care during family planning counseling with contraceptive use. Am J Obstet Gynecol. 2016;215(1):78.e1-9.
Dehlendorf C, Levy K, Kelley A, Grumbach K, Steinauer J. Women’s preferences for contraceptive counseling and decision making. Contraception. 2013;88(2): 250-6.
Wyatt KD, Anderson RT, Creedon D, Montori VM, Bachman J, Erwin P, et al. Women’s values in contraceptive choice: a systematic review of relevant attributes included in decision aids. BMC Womens Health. 2014;14(1):28.
Zunta RS, Barreto ES. Planejamento familiar: critérios para escolha do método contraceptivo [Family planning: criteria for choice of contraceptive method]. J Health Sci Inst. 2014;32(2):173-8.
Lopez LM, Steiner M, Grimes DA, Hilgenberg D, Schulz KF. Strategies for communicating contraceptive effectiveness. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(4):CD006964.
Madden T, Secura GM, Nease RF, Politi MC, Peipert JF. The role of contraceptive attributes in women’s contraceptive decision making. Am J Obstet Gynecol. 2015;213(1):46.e1-e6.
Mansour D. International survey to assess women’s attitudes regarding choice of daily versus nondaily female hormonal contraception. Int J Womens Health. 2014;6:367-75.
Garbers S, Meserve A, Kottke M, Hatcher R, Chiasson MA. Tailored health messaging improves contraceptive continuation and adherence: results from a randomized controlled trial. Contraception. 2012;86(5):536-42.
Lopez LM, Grey TW, Tolley EE, Chen M. Brief educational strategies for improving contraception use in young people. Cochrane Database Syst Rev. 2016;3(3):CD012025.
Lyons S, Arcara J, Deardorff J, Gomez AM. Financial strain and contraceptive use among women in the United States: differential effects by age. Womens Health Issues. 2019;29(2):153-60.
Egarter C, Tirri BF, Bitzer J, Kaminskyy V, Oddens BJ, Prilepskaya V, et al. Women’s perceptions and reasons for choosing the pill, patch, or ring in the CHOICE study: a cross-sectional survey of contraceptive method selection after counseling. BMC Womens Health. 2013;13:9.
Pariona MIC. Factores que influyen en la elección de métodos anticonceptivos modernos y naturales en las mujeres en edad reproductiva de la comunidad de Coricocha del distrito de Vilca, departamento de Huancavelica [dissertation]. Pillco Marca, Peru: Universidad Nacional Hermilio Valdizán; 2017.
Gomard M. Facteurs influençant l’utilisation de la contraception à Mayotte: enquête auprès des femmes consultant en dispensaire [dissertation]. Toulouse: Université Paul Sabatier-Toulouse III; 2017.
Donnelly KZ, Foster TC, Thompson R. What matters most? The content and concordance of patients’ and providers’ information priorities for contraceptive decision making. Contraception. 2014;90(3):280-7.
Bitzer J, Gemzell-Danielsson K, Roumen F, Marintcheva-Petrova M, van Bakel B, Oddens BJ. Factors influencing women’s selection of combined hormonal contraceptive methods after counselling in 11 countries. Eur J Contracept Reprod Health Care. 2012;17(1):65-78.
Claringbold L, Sanci L, Temple-Smith M. Factors influencing young women’s contraceptive choices. Aust J Gen Pract. 2019;48(6):389-94.
Hulme J, Dunn S, Guilbert E, Soon J, Norman W. Barriers and facilitators to family planning access in Canada. Healthc Policy. 2015;10(33):48-63.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.