Sinal do crescente e rotura quisto de Baker na prática clínica: um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i6.13715Palabras clave:
Quisto poplíteo, Edema, Ecografia, Tratamento conservador, Caso clínicoResumen
Introdução: O quisto de Baker, também conhecido por sinovial poplíteo, é o quisto mais frequentemente encontrado na articulação do joelho. Quando sintomático, o quisto de Baker apresenta-se de forma indolente como desconforto na fossa poplítea e uma formação oval palpável. Contudo, a rotura do quisto de Baker traduz-se por uma clínica aguda de dor e edema do joelho e da região gemelar. Este relato de caso pretende alertar o médico de família para esta entidade diagnóstica, para importantes achados clínicos e para os diagnósticos diferenciais a ter em conta, de forma a orientar corretamente estes doentes.
Descrição do caso: O presente caso clínico descreve um homem de 46 anos que se apresentou no serviço de urgência com dor, edema e equimose do membro inferior direito. O diagnóstico final foi o de quisto de Baker roto que foi orientado de forma conservadora. O diagnóstico diferencial principal foi o de trombose venosa profunda (TVP).
Comentário: A rotura do quisto de Baker é uma das complicações deste quisto poplíteo, sendo mais prevalente em doentes com patologia inflamatória do joelho. Ao exame objetivo, a rotura do quisto de Baker pode apresentar-se por edema, dor e equimose do MI (sinal do crescente). Assim, a sua apresentação pode assemelhar-se à clínica da TVP, pelo que a rotura de quisto de Baker é também conhecida por pseudotromboflebite. Apesar de raro, o sinal do crescente não surge na TVP, pelo que este apoia o diagnóstico de rotura recente de quisto de Baker. Este relato de caso vem realçar a importância da suspeição clínica para a rotura do quisto de Baker em doentes que se apresentam com dor e edema unilateral do MI, sobretudo na presença de achados como o sinal do crescente.
Descargas
Referencias
Herman AM, Marzo JM. Popliteal cysts: a current review. Orthopedics. 2014;37(8):678-84.
Johnson LL, van Dyk GE, Johnson CA, Bays BM, Gully SM. The popliteal bursa (Baker’s cyst): an arthroscopic perspective and the epidemiology. Arthroscopy. 1997;13(1):66-72.
Sansone V, de Ponti A, Paluello GM, del Maschio A. Popliteal cysts and associated disorders of the knee: critical review with MR imaging. Int Orthop. 1995;19(5):275-9.
Macfarlane DG, Bacon PA. Popliteal cyst rupture in normal knee joints. Br Med J. 1980;281(6249):1203-4.
Sanchez JE, Conkling N, Labropoulos N. Compression syndromes of the popliteal neurovascular bundle due to Baker cyst. J Vasc Surg. 2011;54(6):1821-9.
Ozgocmen S, Kaya A, Kocakoc E, Kamanli A, Ardicoglu O, Ozkurt-Zengin F. Rupture of Baker’s cyst producing pseudothrombophlebitis in a patient with Reiter’s syndrome. Kaohsiung J Med Sci. 2004;20(12):600-3.
Liao ST, Chiou CS, Chang CC. Pathology associated to the Baker’s cysts: a musculoskeletal ultrasound study. Clin Rheumatol. 2010;29(9):1043-7.
Berkun Y, Sade K, Naparstek Y. A man with swollen calf and discoloration of the foot. Postgrad Med J. 2002;78(919):300,304.
Ahn SE, Jin W, Park SY, Kim KI, Park JS, Ryu KN. Determination of the factors influencing rupture of Baker’s cysts in the knee on plain radiographs and MRI. J Korean Soc Magn Reson Med. 2012;16(3):217-25.
Bansal K, Gupta A. Ruptured Baker’s cyst: a diagnostic dilemma. Cureus. 2021;13(10):e18501.
Thomas J, Edward T. Ruptured Baker’s cyst simulating acute thrombophlebitis. 2015;(1).
Tibbutt DA, Gunning AJ. Calf haematoma: a new sign in differential diagnosis from deep vein thrombosis. Br Med J. 1974;4(5938):204.
Kraag G, Thevathasan EM, Gordon DA, Walker IH. The hemorrhagic crescent sign of acute synovial rupture. Ann Intern Med. 1976;85(4):477-8.
Helbich TH, Breitenseher M, Trattnig S, Nehrer S, Erlacher L, Kainberger F. Sonomorphologic variants of popliteal cysts. J Clin Ultrasound. 1998;26(3):171-6.
Handy JR. Popliteal cysts in adults: a review. Semin Arthritis Rheum. 2001;31(2):108-18.
Von Schroeder HP, Ameli FM, Piazza D, Lossing AG. Ruptured Baker’s cyst causes ecchymosis of the foot: a differential clinical sign. J Bone Joint Surg Br. 1993;75(2):316-7.
McEntegart A, Capell HA, Creran D, Rumley A, Woodward M, Lowe GD. Cardiovascular risk factors, including thrombotic variables, in a population with rheumatoid arthritis. Rheumatology. 2001;40(6):640-4.
Hamlet M, Galanopoulos I, Mahale A, Ashwood N. Ruptured Baker’s cyst with compartment syndrome: an extremely unusual complication. BMJ Case Rep. 2012;2012:bcr2012007901.
Simel DL, Rennie D, editors. The rational clinical examination: evidence-based clinical diagnosis. Vol. 23. McGraw-Hill Education; 2009. ISBN 9780071590303.
Drescher MJ, Smally AJ. Thrombophlebitis and pseudothrombophlebitis in the ED. Am J Emerg Med. 1997;15(7):683-5.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.