Desenvolvimento de um vídeo formativo como instrumento para melhoria da literacia em saúde: um projeto de intervenção
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v40i1.13773Palabras clave:
Literacia médica, Multimédia, Cuidados de saúde primários, Medicina geral e familiarResumen
Introdução: A promoção da literacia em saúde é crucial para que os utentes possam tomar decisões adequadas em matéria de saúde, promovendo uma utilização mais eficiente dos recursos e contribuindo para a sua sustentabilidade.
Objetivos: Promover a literacia em saúde entre os utentes de seis Unidades de Saúde Familiar (USF) no Norte de Portugal acerca da organização e estrutura dos cuidados de saúde primários (CSP) e a especialidade médica de medicina geral e familiar (MGF).
Métodos: Estudo observacional, prospetivo, do tipo coorte. Foram aplicados questionários em formato Google® Docs a utentes com 18 ou mais anos, que preenchiam os critérios de inclusão, antes e após um mês da intervenção. A intervenção consistiu na visualização de um vídeo formativo preparado pelos autores acerca da organização e os recursos dos CSP e a especialidade de MGF.
Resultados: O questionário pré-intervenção foi preenchido por 274 utentes, 165 visualizaram o vídeo educativo e 113 preencheram o questionário pós-intervenção. Apenas 88 utilizadores participaram em todas as fases do projeto e foram considerados elegíveis para a interpretação dos resultados. Após a intervenção verificou-se uma melhoria estatisticamente significativa na classificação geral obtida no questionário, com um aumento na percentagem de respostas corretas de 66,7% para 72,7% (p=0,004; IC 95%). Verificou-se também um aumento na taxa de respostas corretas em quase todas as questões aplicadas.
Discussão e Conclusão: A literacia em saúde ajuda os cidadãos a tomar melhores decisões em relação à sua saúde, com um consequente impacto económico e social. Este projeto culminou na criação de uma ferramenta multimédia capaz de melhorar os conhecimentos dos utentes portugueses acerca dos CSP, passível de ser replicada noutros locais do País.
Descargas
Referencias
Baker DW, Parker RM, Williams MV, Pitkin K, Parikh NS, Coates W, et al. The health care experience of patients with low literacy. Arch Fam Med. 1996;5(6):329-34.
Davis TC, Arnold C, Berkel HJ, Nandy I, Jackson RH, Glass J. Knowledge and attitude on screening mammography among low-literate, low-income women. Cancer. 1996;78(9):1912-20.
Howard DH, Gazmararian J, Parker RM. The impact of low health literacy on the medical costs of Medicare managed care enrollees. Am J Med. 2005;118(4):371-7.
Nutbeam D. Health literacy as a public health goal: a challenge for contemporary health education and communication strategies into the 21st century. Health Promot Int. 2000;15(3):259-67.
Berkman ND, Sheridan SL, Donahue KE, Halpern DJ, Crotty K. Low health literacy and health outcomes: an updated systematic review. Ann Intern Med. 2011;155(2):97-107.
Sørensen K, Pelikan JM, Röthlin F, Ganahl K, Slonska Z, Doyle G, et al. Health literacy in Europe: comparative results of the European health literacy survey (HLS-EU). Eur J Public Health. 2015;25(6):1053-8.
Arriaga M, Francisco R, Nogueira P, Oliveira J, Silva C, Câmara G, et al. Health literacy in Portugal: results of the Health Literacy Population Survey Project 2019-2021. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(7):4225.
Espanha R, Ávila P, Mendes RV. Literacia em saúde em Portugal: relatório síntese [homepage]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; 2016. Available from: https://gulbenkian.pt/publications/literacia-em-saude-em-portugal/
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores otorgan a RPMGF el derecho exclusivo de publicar y distribuir en medios físicos, electrónicos, de radiodifusión u otros medios que pueda existir el contenido del manuscrito identificado en esta declaración. También otorgan a RPMGF el derecho de usar y explorar el presente manuscrito, es decir, de ceder, vender o licenciar su contenido. Esta autorización es permanente y entra en vigor desde el momento en que se envía el manuscrito, tiene la duración máxima permitida por la legislación portuguesa o internacional aplicable y tiene un alcance mundial. Los autores declaran además que esta transferencia se realiza de forma gratuita. Si la RPMGF informa a los autores que ha decidido no publicar su manuscrito, la cesión exclusiva de derechos cesa inmediatamente.
Los autores autorizan a RPMGF (oa una entidad que éste designe) a actuar en su nombre cuando considere que existe una infracción a los derechos de autor.