Caracterização da natureza e dos custos financeiros directos da automedicação
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v16i1.9778Palabras clave:
Economia e farmácia, Farmácia, Automedicação, Serviços comunitários de farmáciaResumen
Objectivo: Caracterizar a natureza (solicitação de marcas versus apresentação de queixas) e os custos financeiros directos da automedicação em função do meio (urbano ou rural) e do estatuto legal, quanto à cedência ao público, dos medicamentos. Tipo de Estudo: Estudo transversal multicêntrico. Local: 21 farmácias (10 urbanos) da ARS do centro. Método: Entre Julho e Agosto de 1996 e pelo período de um dia útil por farmácia, foram caracterizados os motivos de atendimento farmacêutico, através de protocolo validado. Resultados e Discussão: A automedicação apresentou 31,6% dos motivos de atendimento farmacêutico, caracterizando-se essencialmente pela pró-acção do utente ao solicitar marcas comerciais para o tratamento de queixas autovalorizadas. Não se verificaram diferenças na natureza da automedicação em função do meio (p>0,05). A estrutura de custos financeiros directos foi sempre menor em meio rural (p<0,05) para qualquer tipo de sub-análise. Verificou-se que 34,4% das embalagens cedidas em automedicação possuiam o estatuto legal de medicamentos sujeitos a receita médica, estando esta percentagem diminuída quando a auto-medicação se processou através da apresentação de queixas. O estudo ao revelar que um impacto relevante da automedicação nos motivos de atendimento farmacêutico (31,6%) esteve associado a baixos custos financeiros directos, justifica a condução de estudos de avaliação das relações benefício/risco da automedicação e custo/efectividade da intervenção farmacêutica.Descargas
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