Modulação da função endotelial: um objectivo a prosseguir na terapêutica cardiovascular

Autores/as

  • Pedro Marques Da Silva Consultor de Medicina Interna. Responsável do Núcleo de Investigação Arterial e Coordenador da Consulta de HTA e Dislipidemias do Hospital de Santa Marta. Serviço de Medicina (Director: F. Lacerda Nobre)

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v16i4.9800

Palabras clave:

Disfunção Endotelial, Hipertensão Arterial, Dislipidemias, Inibidores da Redutase da HMG-CoA, Fármacos Anti-hipertensivos, Terapêutica de Substituição Hormonal

Resumen

Objectivo: O endotélio vascular desempenha um papel central na preservação funcional e estrutural da parede vascular. Para além da permeabilidade vascular, a célula endotelial influencia significativamente o tono vascular, a hemóstase, a proliferação celular, as respostas imunológicas e inflamatórias e a expressão fenotípica da célula muscular lisa. Intima e fisiopatologicamente relacionado com a hipertensão arterial, as dislipoproteinemias e aterosclerose, o órgão endotelial é hoje encarado como origem e alvo de diferentes tratamentos que visam melhorar o prognóstico da doença aterosclerótica, em geral, e da doença coronária, em particular. Pretendemos avaliar os fundamentos, analisar as metodologias e discutir os objectivos de algumas das estratégias terapêuticas encaradas, actualmente, como moduladoras da disfunção endotelial. Métodos: Na Medline seleccionámos os estudos clínicos publicados desde 1990 sobre disfunção endotelial na doença aterosclerótica. Confrontámos os resultados com a informação básica estruturada disponível em artigos de revisão e monografias recentes, procurando sistematizar conhecimentos e fundamentar actuações. Conclusões: O reconhecimento do papel do EDNO, da prostaciclina, da ET-1 e dos estrogénios no desenvolvimento e na progressão da doença aterosclerótica, assim como na fisiopatologia da doença cardiovascular, torna obrigatória a proposta de intervenções terapêuticas que visem, o mais precocemente possível, corrigir a disfunção endotelial. Se em alguns casos este objectivo ainda não está fundamentado, nem reconhecido todas as suas implicações, é urgente reconhecer o firmado desta actuação no tratamento da hipertensão arterial e das dislipoproteinemias, assim como, na abordagem da mulher na pós-menopausa.

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Publicado

2000-07-01

Cómo citar

Modulação da função endotelial: um objectivo a prosseguir na terapêutica cardiovascular. (2000). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 16(4), 293-311. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v16i4.9800