Problemas éticos em Medicina Geral e Familiar

Autores/as

  • Alberto Pinto Hespanhol Professor Associado Convidado do Departamento de Clínica Geral da Faculdade de Medicina do Porto, Director do Centro de Saúde São João, Porto

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v19i4.9956

Palabras clave:

Ética Médica, Educação para a Saúde, Qualidade, Racionamento, Clínica Geral, Medicina Familiar

Resumen

Dentro da Medicina, os avanços tecnológicos levantam questões profundas referentes à morte, drogas psicotrópicas, engenharia genética e tecnologias reprodutivas. Fora da Medicina, o público preocupa-se com o comportamento do profissional médico, com o papel da tecnologia nas suas vidas e com o imparável crescimento dos custos com a saúde. Perante esta situação de crise moral a tendência actual tem sido reflectir sobre as grandes questões éticas, que arrebatam os médicos e o público em geral, como sejam a eutanásia, o aborto, a experimentação humana e a engenharia genética, correndo o risco de não entender o significado moral dos problemas mais mundanos, mas mais penetrantes, que ocorrem na prática diária do Médico de Família. Mas existirão problemas éticos específicos na prática da Medicina Geral e Familiar Pensamos que não, mas somos da opinião que determinados problemas éticos serão certamente mais frequentes, embora não exclusivos desta área da medicina. Esses dilemas éticos derivam das atitudes e das aptidões específicas desta profissão médica. Da definição da profissão publicada pelo Royal College of General Practioners retiramos alguns aspectos que nos parecem, pela sua importância, merecer uma reflexão especial à luz dos princípios da ética médica: a educação para a saúde, a prevenção da doença, o conflito entre o bem-estar do indivíduo e o bem-estar da família, a função de «gatekeeper» do MF e a qualidade em saúde e finalmente a função de provedor do utente do MF e o racionamento em saúde.

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Publicado

2003-07-01

Cómo citar

Problemas éticos em Medicina Geral e Familiar. (2003). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 19(4), 389-95. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v19i4.9956