Insatisfação com o peso corporal

Autores

  • Ana Marques De Almeida Interna Complementar de Medicina Geral e Familiar Unidade de Saúde Familiar Horizonte - ULS de Matosinhos

DOI:

https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i6.10091

Palavras-chave:

humano, adulto, Portugal, satisfação pessoal, Peso corporal, índice de massa corporal

Resumo

Objectivos: Determinar a proporção de frequentadores da USF Horizonte (Matosinhos) insatisfeitos com o peso, e o risco relativo de insatisfação; avaliar a satisfação nas classes de índice de massa corporal (IMC) e a percepção sobre o peso; determinar a prevalência das classes de IMC e a proporção de aconselhamento para modificação de peso pelo MF. Metodologia: Estudo descritivo com componente analítico, em 400 indivíduos adultos frequentadores da USF Horizonte, seleccionados por conveniência. Questionário aplicado pelo médico, com avaliação antropométrica. Análise efectuada: taxa de resposta, descrição da amostra; teste de c2; regressão logística. Resultados: Taxa de resposta: 96,8%. Muito insatisfeitos 14%, insatisfeitos 3,7%, indiferentes 10%, satisfeitos 33,3%, muito satisfeitos 5,8%. Mulheres mais insatisfeitas que homens. Risco relativo de insatisfação aumentado na mulher, idades jovens, níveis de escolaridade mais elevados e IMC > 30 Kg/m2. Baixo peso 4,3%, peso normal 29%, excesso peso 42,3%, obesidade 24,6%. 47,1% indivíduos com baixo peso, 42,6% com excesso de peso e 13,3% com obesidade satisfeitos. 62,8% dos indivíduos caracterizaram correctamente o peso. 43,2% dos que consideraram ter peso adequado apresentavam excesso de peso, e 7,2% obesidade. 33% aconselhados a modificar o peso (32% dos com excesso de peso e 62,2% dos com obesidade). Discussão/Conclusões: Metade da amostra estava insatisfeita com o peso. Mulheres manifestaram mais insatisfação. Elevada percentagem de indivíduos satisfeitos com IMC anormal. Mais de metade da amostra apresentou excesso de peso ou obesidade. Elevada caracterização correcta do peso. Aconselhamento em obesos superior a estudos anteriores. O não aconselhamento é discutido pela autora. É necessário identificar os utentes em risco de insatisfação actuando na prevenção e tratamento dos comportamentos associados. O aconselhamento sobre o peso nos utentes com IMC anormal deve ser abordado. Serão desejáveis programas de educação para a saúde que redefinam os ideais de beleza, esclarecendo quanto ao peso desejável.

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Publicado

01-11-2004

Edição

Secção

Investigação Original

Como Citar

Insatisfação com o peso corporal. (2004). Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 20(6), 651-66. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v20i6.10091