A propósito de uma situação de crise familiar
DOI:
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i1.10207Palavras-chave:
Adolescência, Médico de Família, Insucesso Escolar, Funcionalidade Familiar, Ideação SuicidaResumo
A adolescência é um «fenómeno» relativamente recente na história do desenvolvimento psicossocial do ser humano e é por definição um dos períodos em que a distinção entre o normal e o patológico se torna mais difícil. Na maior parte das vezes o Médico de Família sente dificuldade em «lidar com» o adolescente tanto por este grupo etário recorrer poucas vezes à consulta como por este ser um período do desenvolvimento com características biológicas, psicológicas e sociais particulares (procura de uma personalidade estável, criação de uma identidade, escolha do parceiro sexual e conquista da autonomia com progressiva integração no mundo dos adultos). A história de Laura**, uma adolescente de 16 anos enviada ao Médico de Família pela psicóloga da Escola básica 2/3 de XYZ onde frequenta o 7o ano de escolaridade do ensino básico, é interessante exactamente por isso, pois permite abordar problemas típicos da saúde do adolescente como o insucesso escolar, a adopção de comportamentos de risco e a funcionalidade familiar. Trata-se de uma adolescente sem antecedentes patológicos, com sucessivo desinteresse pelas tarefas escolares, agravado após primeira separação dos pais devido a relação extra-matrimonial do pai. Em 2003 inicia abuso de substâncias, coincidente com saída de casa do pai e em Outubro de 2004 começa a manifestar ideação suicida, com episódios de auto-mutilação. O plano de actuação proposto visa o desaparecimento dos sintomas mais invalidantes para a adolescente e melhorar a sua auto-estima (através do estímulo dos recursos a curto, médio e longo prazo), para que assim possa ser possível uma integração comunitária sem riscos físicos ou psíquicos.Downloads
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